Nesta segunda-feira (3) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse em uma entrevista coletiva, que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky em sua participação na reunião com o então presidente norte-americano Donald Trump, mostrou que Kiev não quer a paz e não está pronta para negociações como apontou o Al Mayadeen.
Ainda de acordo com a imprensa libanesa, Peskov enfatizou durante uma entrevista coletiva que a situação com o conflito ucraniano “não é fácil”, observando que quaisquer iniciativas construtivas são necessárias hoje para resolver o conflito, enquanto acrescentou que há “alguns primeiros esboços de tais eventuais planos de paz. Embora não haja razão para dizer que haja algum plano de paz coerente e detalhado na agenda ainda.”
O Al Maydeen também informa que ele respondeu à pergunta de um repórter da TASS e acrescentou: “Observamos que o Ocidente coletivo começou a perder parcialmente seu senso de unidade. Uma fragmentação está ocorrendo dentro do Ocidente coletivo, com posições variadas surgindo entre diferentes países e grupos.”
Ele ainda teria destacado que há um grupo de países que ele descreveu como o “partido dos belicistas” que demonstrou abertamente seu comprometimento em apoiar os esforços de guerra da Ucrânia e sustentar a guerra, enquanto permanece em silêncio sobre a necessidade de negociações de paz.
Também nesta segunda-feira, vários canais de imprensa européia estamparam nas capas dos jornais afirmando que “lideres europeus teriam fechado acordo para apoiar Zelensky e a Ucrânia”. O Correio Braziliense afirma que “reunidos em Londres, 18 líderes europeus e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, sob o comando do premiê do Reino Unido, Keir Starmer,decidiram cooperar com um plano de paz e fortalecer militarmente a Europa, ampliando a segurança da região. No encontro, o ucraniano foi cumprimentado e abraçado, bem diferente do tratamento que recebeu em Washington.”
Usurla Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia defendeu mais investimentos para defender o continente. “É preciso rearmar a Europa urgentemente”, afirmou a alemã, que prepara um plano para “um longo período de tempo”. Em seguida, ela acrescentou: “É da maior importância que aumentemos os nossos gastos” de defesa na Europa e que “nos preparemos para o pior”, acrescentou Von der Leyen.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, comemorou que “mais países europeus vão aumentar seu gasto com defesa”. Starmer ressaltou que a Europa enfrenta um “momento único” para consolidar sua “segurança”.
Como bom capacho que é parece improvável que Zelensky irá bater de frente com o presidente dos Estados Unidos, após o que o mundo inteiro viu nas redes sociais na semana passada durante sua humilhação sofrida por Trump na Casa Branca. Ao que parece todo o estimulo para que Zelensky se coloque contra o cessar-fogo está vindo da Europa. Outro ponto é que Zelensky não estaria se sentido tão seguro para tal afronta se não estivesse sendo acobertado por setores mais poderosos.