O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou sua intervenção direta nas eleições hondurenhas marcadas para 30 de novembro, declarando apoio explícito ao candidato conservador Nasry “Tito” Asfura, do Partido Nacional. Em publicação na rede social Truth Social, Trump definiu Asfura como “o único verdadeiro amigo da liberdade em Honduras”, exaltando suas realizações como prefeito de Tegucigalpa. Trump prometeu uma parceria para combater os “narcocomunistas” e assegurar ajuda humanitária ao país.
O presidente norte-americano advertiu que, caso Rixi Moncada, do Partido Libre, vença, os supostos “narcoterroristas” ligados ao venezuelano Nicolás Maduro dominariam Honduras, assim como supostamente teriam feito em Cuba, Nicarágua e Venezuela. Além disso, criticou o terceiro candidato, Salvador Nasralla (Partido Liberal), acusando-o de “dividir o voto conservador” e de ser “quase comunista” por sua relação anterior com a presidente Xiomara Castro.
A situação eleitoral hondurenha está marcada por denúncias graves de conspirações golpistas. Vazamentos expuseram negociações entre partidos da direita, empresários e autoridades eleitorais para boicotar a candidatura de Moncada, favorita nas pesquisas, e manipular o sistema de resultados preliminares para favorecer Nasralla. Em Honduras, não há segundo turno; assim, o candidato mais votado assume em 27 de janeiro de 2026.
Os movimentos recentes do governo Trump representam uma intensificação da ofensiva imperialista contra a América Latina. Esta ofensiva pode ser vista em todos os países da região, que já se encontram sob ditaduras ferozes ou ameaça de golpe de Estado.





