Os Estados Unidos já gastaram mais de US$200 milhões em munições de precisão em três semanas de ataques intensificados contra o Iêmen, com custos totais da Operação Rough Rider, iniciada em 15 de março, podendo ultrapassar US$1 bilhão até a próxima semana, informou o jornal norte-americano New York Times (NYT) na última sexta-feira (4). Apesar disso, autoridades do país imperialista admitem que os bombardeios tiveram impacto limitado contra as operações de mísseis do partido revolucionário iemenita Ansar Alá, cujos arsenais subterrâneos seguem intactos.
O presidente Donald Trump afirmou que o grupo foi “dizimado”, mas avaliações internas contradizem a declaração. A operação mobiliza dois porta-aviões, bombardeiros B-2, caças e sistemas de defesa como Patriot e THAAD.
“Os ataques não estão alterando significativamente as capacidades operacionais deles”, revelaram oficiais em dossiês privados ao Congresso, segundo o NYT. O Ansar Alá continua atacando navios ligados ao enclave imperialista no Mar Vermelho.
Porta-voz do Ministério da Saúde iemenita Anis al-Asbahi disse na última quinta-feira (3) que “os iemenitas estão cientes dos desafios e prontos para enfrentá-los”, reportando 92 civis mortos e 165 feridos desde março. Na terça-feira (8), cinco civis morreram em novos ataques.
Desde novembro de 2023, os bombardeios de EUA, Reino Unido e “Israel” mataram 250 civis e feriram 714, totalizando 964 vítimas até 1º de abril, segundo a pasta.
O uso intenso de munições como mísseis Tomahawk preocupa o Pentágono, que teme esgotar estoques para conflitos futuros, como contra a China por Taiuã. A Casa Branca pode pedir mais fundos ao Congresso para sustentar a campanha, estimada em até seis meses.





