Nesta terça-feira (07), a agência de notícias Reuters noticiou que os Estados Unidos pretendem enviar US$95 milhões em “ajuda” militar ao Líbano, quantia esta anteriormente destinada ao Egito, como parte de uma alocação de fundos no valor de US$1,3 bilhão.
Segundo a Reuters, citando notificação que teria sido feita pelo Departamento de Estado dos EUA ao Congresso, as Forças Armadas Libanesas (FAL) seriam consideradas “um parceiro-chave” na “manutenção” do acordo de cessar-fogo entre “Israel” e Líbano, em vigor formalmente desde 27 de novembro, mas diariamente violado pela entidade sionista.
A verba de US$95 milhões teria a finalidade de “profissionalizar” as FAL, objetivando a segurança entre a fronteira entre Líbano e “Israel”, entre Síria e Líbano, após o golpe imperialista contra Bashar al-Assad, e o “combate ao terrorismo”. Na notificação, o Departamento de Estado teria afirmado que “os Estados Unidos continuam sendo o parceiro de segurança preferido do Líbano, e o apoio dos EUA às LAF ajuda diretamente a proteger o Líbano e a região mais ampla do Levante”.
Ressalta-se que as Forças Armadas Libanesas e a Resistência Islâmica, exército do partido político libanês Hesbolá, não são a mesma organização. O apoio militar vindo do Líbano à Resistência Palestina veio do Hesbolá, que combateu “Israel” por mais de um ano até o acordo recentemente firmado, inclusive impedindo invasão israelense do Sul do Líbano.
Mesmo com a formalização do acordo em novembro de 2024, “Israel” segue tendo o Hesbolá como alvo. Semelhantemente, o golpe imperialista na Síria levou ao poder forças políticas inimigas do Hesbolá, Irã e dos xiitas em geral. No Líbano, existem forças políticas vinculadas aos cristãos maronitas, aos drusos e forças ideologicamente ligadas às forças pró-imperialistas que tomara o poder na Síria, todas antagônicas ao Hesbolá, de forma que a alocação de recurso militares dos EUA para as Forças Armadas Libanesas pode ter a finalidade fortalecê-la para eventual enfrentamento com o Hesbolá.