Guerra da Ucrânia

EUA e Rússia avançam em acordo sobre a Ucrânia

Encontro aconteceu em Riade, na Arábia Saudita e reuniu os chanceleres dos dois países

De acordo com a emissora russa Russia Today (RT), diplomatas de alto escalão da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram em Riad, na Arábia Saudita, para buscar uma forma de restaurar as relações diplomáticas, preparar o terreno para uma reunião de cúpula entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e pavimentar o caminho para o fim da guerra da Ucrânia.

A delegação russa foi liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e incluiu Yury Ushakov, principal assessor de política externa de Putin, e Kirill Dmitriev, diretor executivo do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF). Os norte-americanos foram representados pelo secretário de Estado, Marco Rubio, pelo conselheiro de segurança nacional de Trump, Mike Waltz, e por Steve Witkoff, enviado especial para o Oriente Médio. Nem a Ucrânia, nem a União Europeia participaram do encontro.

A adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) continua sendo inaceitável para a Rússia, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova. Ela destacou que garantias verbais contra a entrada da Ucrânia no bloco militar liderado pelos EUA são insuficientes, e pediu que a OTAN revogue as promessas feitas anteriormente à Ucrânia. Zakharova ainda declarou que a adesão da Ucrânia à OTAN representaria “sérias ameaças” à segurança russa e poderia desencadear “consequências catastróficas” para a Europa.

Zakharova acrescentou que a OTAN deveria abandonar as promessas feitas na cúpula de Bucareste de 2008, quando a Ucrânia recebeu a garantia de que poderia ingressar na aliança militar imperialista. Se isso não acontecer, o “problema continuará envenenando o clima no continente europeu”. A porta-voz fazia referência à cúpula da OTAN de 2008 em Bucareste, onde foram debatidas as candidaturas da Ucrânia e da Geórgia para os Planos de Ação para a Adesão (MAPs, na sigla em inglês).

A ex-chanceler alemã Angela Merkel, que, na época se opôs à adesão ucraniana, admitiu, recentemente, que a promessa de que a Ucrânia e a Geórgia “se tornariam membros da OTAN” havia sido uma provocação contra a Rússia.

Apesar de a OTAN ter declarado em 2024 que a Ucrânia está em um caminho “irreversível” para a adesão, nenhum cronograma para isso foi estabelecido. Os membros da aliança têm apoiado a Ucrânia política e militarmente, mas também insistem que o país deve cumprir diversas condições antes de ingressar no bloco, incluindo a resolução do conflito com a Rússia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou no início deste mês que não apoiará a adesão da Ucrânia à OTAN como parte de um possível acordo de paz. Seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, descreveu as ambições da Ucrânia na OTAN como “irreais”.

Após uma ligação telefônica com o presidente russo Vladimir Putin na semana passada, Trump disse não considerar “prático” que a Ucrânia entre na OTAN. Ele acrescentou que o país de Vladimir Zelenski tem poucas chances de recuperar os territórios que se tornaram parte da Rússia na última década.

Enquanto isso, o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., afirmou que o povo americano não quer ver seus impostos sendo gastos indefinidamente no conflito da Ucrânia,  Até o momento, o Congresso dos EUA aprovou quase US$183 bilhões em ajuda a Kiev desde a escalada do conflito em 2022. O presidente Donald Trump estimou o total em mais de US$300 bilhões.

”O povo americano não aceitará que seus impostos suados financiem conflitos intermináveis. Exigimos o fim dessas guerras eternas”, escreveu o secretário de Saúde no X.

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