O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os principais mediadores regionais para o cessar-fogo na Faixa de Gaza assinaram formalmente um acordo nesta segunda-feira (13), marcando um passo importante para pôr fim à guerra genocida de “Israel” contra o povo palestino. A cerimónia de assinatura ocorreu em Sharm El-Sheikh e contou com a presença do presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e do primeiro-ministro do Catar Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani.
Falando durante a cerimónia, Trump afirmou que o cenário há muito temido de uma Terceira Guerra Mundial estaria agora fora de questão após a assinatura do acordo.
“É o maior e mais complicado acordo [de paz], e também é o local que poderia levar a enormes problemas, como a Terceira Guerra Mundial. Eles sempre dizem que a Terceira Guerra Mundial começaria no Oriente Médio, e isso não vai acontecer. Na verdade, não queremos que comece em lado nenhum, mas não vai acontecer.”
O acordo visa parar todas as operações militares em Gaza, facilitar os esforços de reconstrução e abrir corredores humanitários sob supervisão internacional.
Trump, anunciou que o chamado processo de paz de Gaza entrou nas “fases três e quatro” do seu plano de 20 pontos proposto, sinalizando o início dos esforços de reconstrução no enclave devastado pela guerra.
Falando após a assinatura do chamado Acordo de Paz de Gaza em Sharm El-Sheikh, Trump disse que “muitos países ricos e poderosos estão dispostos a ajudar na reconstrução de Gaza” e estão preparados para “alocar tantos fundos quanto forem necessários”. Ele descreveu a fase de reconstrução como potencialmente “a parte mais fácil”, notando que a ajuda já estava “chegando massivamente”.
O presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, confirmou que as negociações sobre o estabelecimento das bases para a reconstrução de Gaza começarão nos próximos dias. Ele enfatizou que a implementação do acordo de paz deve levar ao estabelecimento de um Estado Palestino, reiterando que “a solução de dois Estados é a única forma de concretizar as esperanças dos povos da Palestina e de ‘Israel'”.
El-Sisi saudou o acordo assinado em Sharm El-Sheikh como um “ponto de virada na história”, marcando o início de uma nova fase focada na estabilidade, recuperação e soberania.
Apesar da empolgação dos mediadores, ainda não há garantias públicas de que a guerra não será retomada. Nem a Resistência Palestina, nem “Israel” têm acordo com uma questão central: o desarmamento do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e a autodeterminação palestina no governo de Gaza. Estas questões deverão ser discutidas nos próximos dias.





