Palestina

EUA, Catar e Hamas confirmam cessar-fogo na Faixa de Gaza

Gabinete de Netaniahu, por outro lado, afirmou que premiê sionista só se pronunciará publicamente depois que acordo estiver "completo e firmado"

Nesta quarta-feira (15), o governo do Catar confirmou que um acordo de cessar-fogo foi oficialmente firmado entre o Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, e “Israel”.

Segundo o primeiro-ministro do Catar, o cessar-fogo começará no próximo domingo (19). A emissora libanesa Al Mayadeen havia publicado, mais cedo, o que afirma ser os detalhes do acordo, os quais podem ser lidos por meio deste link.

O governo dos Estados Unidos, por meio de Joe Biden, também confirmou a finalização do acordo, bem como o Hamas em nota oficial, a qual pode ser lida na íntegra abaixo:

Em Nome de Alá, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso.

Sobre o Anúncio de um Acordo de Cessar-Fogo e a Agressão à Faixa de Gaza.

O acordo de cessar-fogo é o resultado da lendária resistência do nosso grande povo palestino e da nossa valente resistência na Faixa de Gaza ao longo de mais de 15 meses.

O acordo para interromper a agressão contra Gaza é uma conquista para o nosso povo, nossa resistência, nossa nação e as pessoas livres do mundo. Ele marca uma etapa crucial na luta contínua contra o inimigo, abrindo caminho para alcançar os objetivos de libertação e retorno do nosso povo.

Este acordo é parte de nossa responsabilidade para com nosso povo firme e paciente na orgulhosa Faixa de Gaza, para pôr fim à agressão sionista contra eles e interromper o derramamento de sangue, os massacres e a guerra genocida a que estão submetidos.

Expressamos nosso apreço e gratidão por todas as posições oficiais e populares honrosas que se solidarizaram com Gaza, apoiaram nosso povo e contribuíram para expor a ocupação e deter a agressão — sejam árabes, islâmicas ou internacionais. Um agradecimento especial vai aos mediadores irmãos que se esforçaram significativamente para alcançar este acordo, especialmente o Qatar e o Egito.

O Movimento de Resistência Islâmica – Hamas

Quarta-feira: 15 de Rajab de 1446 AH

Correspondente a: 15 de janeiro de 2025

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, também publicou um pronunciamento oficial:

“Que a paz esteja com vocês por sua paciência, resistência e firmeza diante da tirania. Paz às almas dos nossos mártires, das nossas crianças inocentes e do nosso povo oprimido.

Que a paz esteja com suas almas, que um dia voarão nos céus de nossa Al-Quds e Al-Aqsa libertadas, purificadas da profanação de seus assassinos.”

Khalil al-Hayya, um importante dirigente do Hamas, também se pronunciou acerca do cessar-fogo, ressaltando que a batalha do Dilúvio de Al-Aqsa representou “um ponto de virada importante na história da causa palestina”:

“O que as Brigadas Al-Qassam realizaram atingiu o inimigo de forma fatal e permanecerá registrado na história. Nosso povo nunca esquecerá aqueles que participaram na guerra de extermínio. Nosso inimigo nunca verá de nós um momento de fraqueza. Não esqueceremos e não perdoaremos, e não há entre nós quem ceda aos direitos e sacrifícios do nosso povo em Gaza.”

Pronunciamentos de ‘Israel’

A imprensa sionista, por outro lado, afirma que Benjamin Netaniahu não se pronunciará publicamente até que o acordo esteja “completo e finalizado”. A informação é do jornal israelense Times of Israel, citando fontes do gabinete do primeiro-ministro de “Israel”.

Ao mesmo tempo, Isaac Herzog, presidente de “Israel”, afirmou, por meio de um pronunciamento televisionado, que o acordo foi a “escolha correta” para trazer os prisioneiros israelenses de volta.

“Como presidente do Estado de Israel, digo nos termos mais claros: esta é a escolha certa. Este é um movimento importante. Este é um movimento necessário. Não há maior obrigação moral, humana, judaica ou israelense do que trazer nossos filhos e filhas de volta para nós – seja para se recuperarem em casa ou para serem sepultados.”, afirmou o presidente sionista.

Eixo da Resistência

Até o fechamento desta edição, o Iêmen foi o único membro do Eixo da Resistência a se pronunciar sobre o acordo de cessar-fogo. Mohammed Abdul Sala, um dos porta-vozes do governo iemenita, afirmou que a causa palestina “continuará sendo a principal preocupação” do país.

“A invasão israelense de Gaza não deixou outra escolha ao nosso povo senão apoiar, assumindo a responsabilidade perante um povo oprimido. O inimigo sionista é um perigo para todos, e a sua contínua ocupação da Palestina representa uma ameaça à segurança e estabilidade da região”, afirmou em uma publicação no X (antigo Twitter).

O genocídio na Faixa de Gaza em número

Abaixo estão as últimas informações divulgadas pelo Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza no que diz respeito às estatísticas relativas ao massacre cometido pelo Estado nazista de “Israel” contra o povo palestino na Faixa de Gaza:

  • 46.707 palestinos assassinados
  • 1.600 famílias apagadas do registro civil
  • 17.841 crianças assassinadas
  • 44 pessoas assassinadas por desnutrição
  • Oito pessoas, incluindo sete crianças, assassinadas por hipotermia
  • 12.298 mulheres assassinadas
  • 1.068 médicos assassinados
  • 202 jornalistas assassinados
  • 109.274 pessoas feridas
  • 35.074 crianças perderam ambos os pais
  • 161.600 unidades residenciais totalmente destruídas
  • 34 hospitais desativados

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