O secretário de Guerra dos Estados Unidos, pete Hegseth, afirmou que forças militares de seu país mataram três homens que estavam em uma embarcação Mar do Caribe. Segundo o governo norte-americano, os homens eram “narcotraficantes”.
Este foi o mais recente de uma série de ataques dos EUA no Caribe e no Pacífico que mataram pelo menos 18 pessoas no início desta semana. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a campanha visa eliminar as operações de tráfico de drogas da Venezuela e da Colômbia – acusações que ambos os países negaram.
“O Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal” a um barco em águas internacionais no Caribe no domingo, escreveu Hegseth no X. Ele alegou que a embarcação era operada por membros de uma “Organização Terrorista Designada”, sem fornecer provas.
Todos os três “narcoterroristas” a bordo foram mortos, escreveu ele, acrescentando que os Estados Unidos continuarão a caçar e matar supostos traficantes de drogas.
Desde o início da ofensiva do imperialismo na região, oito navios de guerra da Marinha, uma embarcação de operações especiais e um submarino de ataque nuclear estariam já na região, com um grupo de ataque de porta-aviões liderado pelo USS Gerald R. Ford esperado para reforçar a armada na próxima semana.
No mês passado, Trump disse que autorizou operações da CIA em solo venezuelano, alegando que teriam como alvo “drogas provenientes” do país latino-americano.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, rejeitou as acusações, acusando Trump de preparar uma operação de mudança de regime e de apropriação de recursos.
“A Venezuela é inocente”, disse ele em Caracas na sexta-feira. “O imperialismo está apenas a tentar justificar uma guerra para roubar as nossas riquezas e provocar uma mudança de regime”.
O Alto comissário do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou na sexta-feira (31) os ataques dos EUA na região, chamando-os de “inaceitáveis” e instando-os a interromper as “execuções extrajudiciais”.





