Na quinta-feira (27), cerca de 100 estudantes do Barnard College e da Universidade Columbia iniciaram uma ocupação no Escritório dos Reitores do Barnard College em resposta às primeiras expulsões políticas em Barnard ou Columbia desde 1968.
O protesto ocorreu após a expulsão de duas estudantes na última sexta-feira (21) de fevereiro, sob a acusação de terem interrompido uma aula de Columbia chamada “História de Israel Moderno” exatamente um mês antes.
Esta foi a maior escalada de protestos em Barnard/Columbia desde abril de 2024. Após cinco horas, os manifestantes conquistaram a reunião pública com a administração que exigiam e deixaram o prédio por conta própria, apesar das ameaças de presença policial. As negociações começam na sexta-feira (28).
A reitoria acusa os estudantes de estarem infiltrados por “agitadores”. Um dos manifestantes declarou: “não devemos continuar alimentando a propaganda da universidade sobre agitadores externos. Isso é o que eles usam para nos separar da comunidade. Se você está aqui, você faz parte da comunidade e demonstrou que tem interesse no que esta universidade faz“.
Outro estudante afirmou “nossas salas de aula não são espaços isentos de política e não existe uma forma apolítica de contar a história”. Ele criticou a abordagem da disciplina “História de Israel Moderno”, denunciando como propaganda sionista e que portanto deve ser derrubada do quadro de disciplinas.
O protesto reivindica que Barnard atenda as exigências até o final da semana, incluindo a reversão imediata das expulsões e transparência nos processos disciplinares. Os estudantes planejam realizar um piquete para fortalecer a mobilização.