No dia 20 de novembro, foi publicada uma coluna de autoria de Ricardo Lodi Ribeiro no sítio Brasil 247 intitulada O crime como projeto político da extrema-direita. Após uma introdução, o texto ruma para uma apreciação sobre a Polícia Federal:
“Esse cálculo (a ideia de que os chefes do crime organizado não vivem nas favelas e que a violência policial é politicagem, atacando a população pobre) fica ainda mais evidente na ofensiva contra a Polícia Federal. Em vez de fortalecer o órgão mais capacitado para investigar lavagem de dinheiro, milícias, corrupção política e conexões internacionais, a extrema-direita tenta limitar sua atuação e sabotar a integração federativa. O objetivo é impedir que investigações atinjam o topo da cadeia criminosa — justamente onde se encontram figuras, empresas e operadores que orbitam seu próprio campo político.
Se o objetivo fosse realmente reduzir o crime, o caminho seria outro: fortalecer a PF e os órgãos de inteligência; integrar de fato União, estados e municípios; atacar fluxos financeiros e logísticos das facções; controlar armas e munições; reformar o sistema prisional; investir em urbanismo social, educação, cultura e mobilidade; e romper as redes político-milicianas que estruturam o crime no asfalto. Segurança pública não se faz com espetáculo, mas com Estado — Estado que investiga, coordena, regula e protege.”
A ideia de que apenas a extrema direita age de forma truculenta com a população e utiliza a ideia de combate ao crime organizado como pretexto político com outros fins reais é falsa e o autor cai nessa ideia. A direita “tradicional” utilizou a PF, por exemplo, como um instrumento para o golpe de Estado de 2016 contra o governo de Dilma Rousseff, enquanto tanto esse setor quanto a extrema direita, assim como todas a imprensa burguesa, tratavam os policiais da PF como grandes personalidades na televisão, nos jornais e nas rádios.
O autor apresenta o combate ao crime como se fosse o programa mais revolucionário do mundo. No Brasil, onde incontáveis militantes do PT foram massacrados pelas mãos do aparato de Estado, essa ideia é absurda. O próprio Lula foi perseguido e preso pela Polícia Federal.
A PF impede desde o dia 7 de outubro de 2023 a entrada de palestinos no Brasil, a mando do Mossad e do FBI. Como pensar que a PF seria realmente um órgão capaz de lutar contra o crime organizado sem atacar a população a mando do imperialismo, como aponta a coluna de Ricardo Lodi Ribeiro?
A proposta de integração da polícia também é uma política contra a população brasileira, já que daria muita força para todos os órgãos de repressão e, pior do que isso, centralizaria todas as informações e as passaria para o imperialismo.
Fora isso, a luta contra a lavagem de dinheiro é uma forma de controle da política internacional, já que o imperialismo teme que o Brasil e outros países passem dinheiro para partidos revolucionários ao redor do mundo.
Por fim, a conclusão da matéria:
“A conclusão é simples: para derrotar o crime, o Brasil precisa abandonar o punitivismo ruidoso e adotar políticas baseadas em evidências, inteligência e direitos. A extrema-direita não o fará porque depende do crime como adversário permanente. Cabe ao campo democrático assumir a tarefa de reconstruir uma política de segurança pública que trate o crime como problema a ser solucionado, não como palco para ganhar eleição.”
A realidade é que o crime organizado só existe pela completa desgraça econômica que a população vive, além da violência policial e da repressão às drogas que já deveriam ter sido legalizadas há muito tempo. A única forma de acabar com o crime é com o desenvolvimento e a soberania do país. Fora isso, tudo é politicagem, da mesma forma como faz a extrema direita.





