A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) anunciou em suas redes sociais sua adesão à campanha do imperialismo contra a exploração do petróleo brasileiro na Margem Equatorial. Por meio de uma nota publicada em seu perfil, a parlamentar declarou apoio ao manifesto “A margem equatorial e o suicídio ecológico do Brasil”, alinhando-se a uma ofensiva que ataca a soberania nacional e a possibilidade de o País usar suas riquezas para melhorar a vida do povo.
Segue a nota completa de Sâmia Bomfim:
Em 2023 o Ibama negou licença para a Petrobras perfurar poços na Margem Equatorial, na região da Foz Amazônica, e alertou: o grau de impacto ambiental negativo do projeto atingiu escala máxima, com influência na biodiversidade formada por espécies ameaçadas de extinção e comprometimento de áreas ainda desconhecidas. Soma-se a isto as fortes correntes marítimas, que dificultam o controle de possíveis vazamentos.
Esse assunto tem dividido opiniões: de um lado o Ibama, cientistas, ativistas socioambientais, povos indígenas e comunidades ribeirinhas se opõem à exploração em razão dos impactos iminentes e desastrosos. Do outro, setores do governo Lula, empresas do setor energético e defensores do extrativismo defendem a medida e protagonizam uma investida para que ocorra o quanto antes, apostando na ampliação da atividade da Petrobras e na movimentação da economia extrativista.
O Brasil e a Amazônia serão sede da COP 30, em Belém do Pará. Diante da emergência climática e do negacionismo da extrema direita, nosso país tem o dever de apontar medidas de transição para matrizes energéticas limpas, combater a superexploração extrativista e reduzir o uso de combustíveis fósseis. É fundamental que o país assuma um papel de liderança na preservação ambiental e cobre um compromisso dos outros países com essas metas.
É por isso que me somei a diversos intelectuais e ativistas e assinei o manifesto “A margem equatorial e o suicídio ecológico do Brasil”. Precisamos intensificar a mobilização em defesa da Amazônia viva e sem petróleo! O link para assinar o manifesto está nos meus stories.
A argumentação de Sâmia Bomfim é uma farsa grosseira. Ela afirma que “de um lado o Ibama, cientistas, ativistas socioambientais, povos indígenas e comunidades ribeirinhas se opõem à exploração em razão dos impactos iminentes e desastrosos”. Pura manipulação! O verdadeiro lado nessa disputa não é esse elenco romantizado que ela cita como escudo. Quem move essa campanha é o imperialismo, por meio de ONGs e grupos financiados para bloquear o acesso do Brasil às suas próprias riquezas. Esses atores são apenas peões de um jogo maior, orquestrado por potências estrangeiras que têm um interesse concreto: manter o petróleo da Margem Equatorial intocado, como reserva estratégica para os monopólios petrolíferos globais, enquanto o Brasil segue na condição de colônia subdesenvolvida.
Impedir a exploração petrolífera não é defesa da Amazônia, como Sâmia quer fazer crer, mas uma sentença de miséria para o povo brasileiro. A Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, guarda um potencial transformador. Estamos falando de milhares de empregos diretos e indiretos — dos operários da Petrobrás aos trabalhadores da construção naval, da indústria química e do comércio local —, além de combustíveis mais baratos e infraestrutura fortalecida em regiões como Norte e Nordeste, as mais abandonadas do País. Deixar esse recurso parado não beneficia o trabalhador brasileiro, mas os grandes capitalistas estrangeiros que controlam o mercado mundial e rejeitam um Brasil independente e próspero.
Sâmia ainda distorce os fatos ao chamar a Margem Equatorial de “Foz Amazônica”. É uma lorota descarada! As jazidas estão em alto mar, a mais de 500 km da verdadeira foz do rio Amazonas. Esse truque sujo visa colar a exploração do petróleo à imagem de destruição ambiental, enganando os desavisados que compram o discurso ecológico sem checar um mapa. É uma tática velha do imperialismo, que a psolista reproduz com gosto para agradar seus financiadores internacionais.
O papo de “transição para matrizes energéticas limpas” é outro embuste. Enquanto os EUA e a Europa queimam combustíveis fósseis sem parar, Sâmia quer que o Brasil abra mão do seu petróleo para posar de exemplo na COP 30. Quem paga o preço? O povo, que segue com gasolina cara, ônibus lotado e sem perspectiva de emprego. Para ela, o trabalhador pode esperar eternamente por uma utopia verde que nunca chega, enquanto os gringos ditam as regras. Liderança ambiental? Só se for liderança na submissão.
Com ares de defensora do meio ambiente, Sâmia Bomfim escancarou sua subserviência ao imperialismo ao assinar esse manifesto. Junto a “intelectuais e ativistas” — ou melhor, a elite pequeno-burguesa que vive de verbas estrangeiras —, ela sabota um projeto que poderia tirar milhões da pobreza. A exploração do petróleo não é só lucro; é a chance de erguer estados como Maranhão, Piauí e Ceará, com fábricas, portos e dinamismo econômico. Mas isso não entra na cabeça da deputada, que prefere o Brasil de joelhos, exportando soja barata e implorando migalhas.
O imperialismo quer o Brasil fraco, um quintal dependente que nunca ameace sua hegemonia. Manter o petróleo da Margem Equatorial intocado faz parte desse plano — um estoque guardado para os monopólios gringos. Sâmia Bomfim é a ponta de lança dessa traição. Sua posição entreguista condena o povo à miséria, especialmente os do Norte e Nordeste, que ela parece feliz em deixar na penúria.