Nesta quarta-feira (23), o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, determinou que sejam suspensas as compras governamentais de vacinas contra a Covid-19, tendo por base relatório recente que teria constatado a existência de substâncias não declaradas em vacinas de mRNA, vendidas ao país.
O relatório em questão foi elaborado em outubro, por uma comissão chefiada por Peter Kotlar, médico ortopedista membro do Partido Nacional Eslovaco. À época, fora recebido “com forte resistência por parte dos partidos de oposição, bem como da ex-ministra da Saúde da Eslováquia, Zuzana Dolinkova, que questionou as qualificações de Kotlar em relação ao assunto, e que acabou ao cargo naquele mesmo mês, alegando apoio do governo a um antivacina e priorização insuficiente da saúde” conforme noticiado pela emissora russa RT.
O primeiro-ministro, no entanto, declarou na quarta-feira que é “extremamente irresponsável” ignorar as conclusões da comissão liderada por Kotlar. Em face disto, determinou ao Ministério da Saúde que estabeleça um grupo de trabalho para averiguar a questão, prometendo igualmente que, em próxima reunião governamental, irá solicitar à Academia Eslovaca de Ciências a realização de análise para verificar se há presença de DNA e outras substâncias nas vacinas.
Em face disto, propôs a suspensão de compras de vacinas adicionais do fabricante que as vinha fornecendo ao governo da Eslováquia. Ele igualmente propôs que a população eslovaca seja informada de quaisquer “descobertas graves” que sejam feitas em decorrência dos estudos, em que pese a taxa de vacinação no país seja baixa.