Editorial

Escolas sob censura

Governo sancionou lei que proíbe a utilização de celulares nos ambientes escolares

Nessa segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que proíbe a utilização de celular nas escolas. A medida, aprovada sem vetos por parte do Executivo, deve começar a valer a partir do início do próximo ano letivo, em fevereiro.

“Está ficando cada vez mais complicado para os pais segurar o acesso à Internet das crianças. Esse é apenas um dos elementos que precisamos ter como preocupação”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante a cerimônia de sanção no Palácio do Planalto.

Aprovada em dezembro pelo Senado, a lei em questão proíbe a utilização de celulares inclusive em intervalos entre as aulas. O texto determina que os alunos podem levar seus aparelhos na mochila, estando o uso restrito para casos muito específicos, como em situações relacionadas à saúde ou outras emergências.

A decisão de Lula de sancionar tal proibição é, além de uma medida repressiva, mais uma demonstração da fraqueza do presidente. Trata-se de uma política que vem da frente ampla, algo que fica claro com as declarações dadas pelo direitista Camilo Santana em relação à lei.

Lula, o presidente eleito pelo povo, não governa. Quem de fato governa é a direita. O mesmo é visto na política econômica do governo, formulada por Fernando Haddad, outrora caracterizado por Lula como “o mais tucano dos petistas”. Tanto é que o ministro afirmou que precisa “convencer” o presidente para emplacar as medidas draconianas de ataque aos direitos da população que os banqueiros querem.

No caso do Ministério da Educação, essa pressão é ainda mais escancarada. Afinal, a política aplicada por Camilo Santana na pasta mostra que Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do mundo, é seu dono. Que o ministro está disposto a fazer o que tiver que fazer para “convencer” Lula a aprovar ataques aos direitos da juventude, como é o caso da proibição dos celulares nas escolas.

Fato é que a lei em questão faz parte de uma política geral do imperialismo que, diante de sua própria crise, precisa impedir que as barbaridades que comete ao redor do mundo sejam denunciadas. Precisa impedir que qualquer pessoa que seja minimamente contra a ditadura que impõe sobre o mundo não tenha o direito de falar.

Tanto é que, ao mesmo tempo que Lula sanciona a proibição dos celulares nas escolas brasileiras, a Suprema Corte dos Estados Unidos indica que manterá a lei que pode banir o TikTok do país. Alguns meses antes, a Austrália foi um passo além, proibindo redes sociais para todos os jovens menores de 16 anos.

Continuando assim, em breve, a população só terá acesso às informações veiculadas pela maior máquina de mentiras que o mundo já viu: a imprensa burguesa.

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