O meio-campista Lucas Paquetá, de 28 anos, foi absolvido das acusações de envolvimento com apostas esportivas feitas pela Federação Inglesa de Futebol (FA). A decisão, divulgada nesta quinta-feira (31), encerra um processo que se arrastava desde maio de 2024 e que ameaçava a carreira do jogador brasileiro, atualmente no West Ham.
Paquetá era investigado por supostas violações da Regra E5.1 da Premier League, que proíbe qualquer tentativa de influenciar indevidamente o resultado ou a condução de uma partida. As suspeitas surgiram após o jogador receber cartões amarelos em quatro partidas específicas: contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth, entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Se condenado por manipulação, ele poderia ter sido banido do futebol.
O West Ham comemorou publicamente a absolvição do atleta. Em nota oficial, a vice-presidente do clube, Karren Brady, elogiou a postura de Paquetá durante o período de investigação:
“Estamos satisfeitos que Lucas tenha sido inocentado. Ele alegou inocência desde o início e, como clube, o apoiamos firmemente durante todo o processo.”
Ela ainda destacou a dedicação e profissionalismo do jogador mesmo sob intensa pressão da imprensa e da opinião pública.
Com a absolvição, Paquetá volta a ter seu futuro aberto para negociações. O jogador esteve na mira de grandes clubes europeus, como o Manchester City, e também do Flamengo, seu clube formador, que chegou a demonstrar interesse, mas aguardava a resolução do caso para avançar em qualquer proposta.
Lucas Paquetá usou suas redes sociais para comentar a decisão, agradecendo o apoio de sua família, equipe jurídica e dos torcedores:
“Desde o primeiro dia desta investigação, mantive a minha inocência contra essas acusações gravíssimas. Não consigo expressar o quanto estou grato a Deus e quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto.”
Apesar do alívio de ter sido inocentado, Paquetá ainda poderá ser punido, graças a arbitrariedade da FA. Mesmo depois de declarar que Paquetá não cometeu nenhuma infração relacionada à manipulação de resultados, ainda cogita puni-lo por suposta “falta de cooperação” com a investigação.
É ridículo — afinal, o jogador não é obrigado a constituir provas contra si mesmo. O caso mostrou, ainda, que sequer havia provas a serem constituídas, pois Paquetá foi inocentado.
Esse não é o único problema ao longo do processo. O jogador brasileiro foi acusado de manipular cartões amarelos em quatro partidas. Uma acusação gravíssima, que, como se vê agora, não tinha nenhuma base concreta. E mais: foi sustentada por mais de um ano, período em que o jogador foi caluniado pela grande imprensa e sua carreira colocada em espera.





