Brasil

Entregadores fazem paralização de dois dias em todo País

Entre as principais pautas da paralisação estão o pagamento mínimo de R$10 por entrega e R$2,50 por quilômetro rodado, a limitação de entregas para bicicletas a um raio máximo

Entregadores de aplicativos realizaram, nos últimos dias 31 e 1º, dois dias de paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração. O movimento, organizado por grupos autônomos da categoria, contou com adesão em diversas cidades do país e teve como objetivo pressionar as empresas do setor.

Entre as principais pautas da paralisação estão o pagamento mínimo de R$10 por entrega e R$2,50 por quilômetro rodado, a limitação de entregas para bicicletas em um raio máximo de 3 quilômetros e o fim do agrupamento de corridas sem compensação financeira adequada. Os entregadores também reclamam da instabilidade dos ganhos e da falta de transparência na definição das tarifas pagas pelas plataformas.

Atualmente, as empresas de entrega por aplicativo operam sem vínculo empregatício com os trabalhadores, o que significa que os entregadores não possuem direitos como férias, 13º salário ou seguro-desemprego. A atividade é marcada por jornadas longas, que muitas vezes ultrapassam 12 horas diárias, e pela necessidade de arcar com custos como manutenção dos veículos e equipamentos de proteção.

Dados sobre a remuneração dos entregadores variam conforme a fonte. Segundo a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como iFood, Uber Eats e 99, o ganho médio por hora trabalhada é de R$31,33. No entanto, um levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) indica que a média salarial para uma jornada de 20 horas semanais é de R$807, com um pagamento médio de R$1,50 por quilômetro rodado. Além disso, uma greve geral foi marcada para o dia 2 de abril, com o objetivo de intensificar a pressão sobre as empresas.

A mobilização dos entregadores reflete uma preocupação crescente com a precarização do trabalho na economia de plataformas. Enquanto as empresas justificam sua estrutura com base na flexibilidade do modelo de trabalho, os entregadores apontam a necessidade de maior segurança e previsibilidade nos ganhos. O debate sobre a regulamentação do setor tem avançado em diversos países, e a reivindicação por direitos trabalhistas segue como um dos principais pontos de tensão entre trabalhadores e empresas de tecnologia.

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