
Política internacional
Encontro para discutir programa nuclear iraniano desafia EUA
Anunciada nesta quarta-feira (12), a reunião ocorre antes de uma sessão fechada da ONU pedida pelo imperialismo

- Líderes dos principais países atrasados do mundo respondem às bravatas do governo norte-americano
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Aliados do Irã, China e Rússia organizam um encontro em Pequim nessa sexta-feira (14) para discutir o programa nuclear iraniano, enfrentando a pressão dos EUA. Anunciada nesta quarta-feira (12), a reunião ocorre antes de uma sessão fechada da ONU pedida pelo imperialismo. Trump, que enviou uma carta ao aiatolá Ali Khamenei exigindo um novo acordo sob ameaça militar, vê sua estratégia desafiada. O Irã enviará seu vice-chanceler para tratar do “desenvolvimento nuclear e da remoção de sanções”.
Teerã nega buscar armas nucleares, mas a Agência Internacional de Energia Atômica aponta enriquecimento de urânio a 60%. Trump, que saiu do acordo de 2015, disse na semana passada: “Enviei uma carta a Khamenei pedindo negociações, ou haverá ação militar”. Em entrevista, afirmou: “Espero que negociem, será melhor para o Irã”. Mas Masoud Pezeshkian retrucou: “Não nos curvaremos em humilhação a ninguém”. Abbas Araghchi, chanceler iraniano, confirmou que a carta chegará via emiradense Anwar Gargash.
A aliança sino-russa, fortalecida desde a Ucrânia, apoia o Irã contra sanções. Um porta-voz iraniano disse que o foco será “o problema nuclear e o alívio das sanções”. A reunião contraria os EUA, que, em crise, não dobram Teerã, enquanto a ONU debate o estoque crescente de urânio iraniano.