As Brigadas Al-Qassam divulgaram um novo vídeo da série O tempo está se esgotando, no qual dois prisioneiros israelenses expõem o abandono do governo sionista em relação aos capturados durante a guerra. Os irmãos, mantidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, denunciam a política de “Israel”, que os separou e se recusa a avançar nas negociações para a libertação de prisioneiros.
Com o título Tirem todos e não separem famílias. Não destruam nossas vidas, o vídeo mostra um dos irmãos prestes a ser libertado, enquanto o outro segue sob custódia das forças palestinas. “Vocês enlouqueceram? Meu irmão vai sair e eu vou ficar aqui?”, questiona um dos prisioneiros, que acusa o regime sionista de agir com total desprezo pelas vidas dos prisioneiros. “Quantas mais pessoas vocês querem matar? Palestinos, israelenses, muçulmanos… vocês dizem ‘vamos matar todos’”.
Os prisioneiros instam suas famílias a seguirem pressionando o regime sionista para um acordo de troca de prisioneiros. Um deles chega a apelar diretamente ao primeiro-ministro Benjamin Netaniahu:
“O Hamas está me protegendo, mas chega. Me tirem daqui. Assine o acordo, Netaniahu, se você tem coração, um pouco de consciência, assine hoje”, disse.
A gravação se encerra com um alerta das Brigadas Al-Qassam:
“Apenas um acordo de cessar-fogo os trará de volta vivos. O tempo está se esgotando.”
Confira, abaixo, o vídeo na íntegra:
‘Israel’ sabota negociações para libertação dos prisioneiros
A resistência palestina já havia alertado que a sabotagem do cessar-fogo por parte de ‘Israel’ agravaria a situação dos prisioneiros mantidos em Gaza. Na quinta-feira (27), o Hamas reafirmou que o governo sionista esgotou todas as desculpas e não tem mais alternativa senão avançar para a segunda fase das negociações.
No entanto, as tratativas no Cairo fracassaram devido à postura intransigente do regime israelense, segundo uma autoridade da resistência palestina citada pela emissora libanesa Al Mayadeen. A liderança sionista tem deliberadamente atrasado o processo, prolongando a primeira fase do acordo na tentativa de obter a libertação de mais prisioneiros sem se comprometer com um cessar-fogo duradouro.
A resistência denuncia que “Israel” violou o acordo ao se recusar a avançar para a segunda fase e reafirma que não haverá mais libertações sem um entendimento global. Enquanto isso, mediadores internacionais seguem tentando convencer o regime sionista a participar das negociações, mas enfrentam forte oposição de sua liderança política, que quer manter a ofensiva genocida contra o povo palestino a qualquer custo.