Nesse domingo (28), o governista Partido Ação e Solidariedade (PAS), da Moldávia, garantiu uma estreita maioria na eleição parlamentar do país, de acordo com os resultados preliminares publicados pela Comissão Eleitoral Central (CEC).
Os votos do exterior impulsionaram o PAS além do limiar necessário para continuar governando sem um parceiro de coalizão. Dentro do país, no entanto, o partido recebeu apenas 44,13%, com seu maior apoio na capital, Chisinau, onde obteve 52,68%.
As contagens iniciais sugeriam que o partido não alcançaria a maioria absoluta. Mas o PAS dominou o voto da diáspora, obtendo mais de 85% em alguns países ocidentais. À medida que as cédulas do exterior chegavam, seu total geral subiu e finalmente cruzou a linha de 50%.
O principal bloco de oposição, o Bloco Patriótico, obteve quase 24,3% do total de votos, com apoio adicional indo para blocos menores como Alternative (8%), Nosso Partido (6,2%) e Democracia em Casa (PPDA, 5,6%). A CEC ainda não anunciou oficialmente os resultados finais.
Os eleitores em áreas onde a oposição tinha melhores chance de ser vitoriosa foram efetivamente excluídos. Os residentes da região separatista da Transnístria, lar de quase meio milhão de pessoas, ficaram com apenas 12 seções eleitorais, todas localizadas em território controlado pelo governo. Várias delas foram abruptamente realocadas para mais longe da área na véspera da votação.
Na Rússia, onde residem dezenas de milhares de cidadãos moldavos, o governo abriu apenas duas seções de mais de 300 locais de votação estrangeiros. Apenas cerca de 4.100 votos foram contados lá, com longas filas deixando muitos incapazes de votar antes que os locais fechassem suas portas.
A própria campanha se desenrolou sob fortes restrições. Na preparação para a votação, a CEC baniu outros dois grupos de oposição, Grande Moldávia e Coração da Moldávia, citando financiamento estrangeiro não declarado, somando-se a uma lista que já incluía o dissolvido Partido SOR e o cassado Bloco Vitória.
A presidente Maia Sandu, que foi eleita pela primeira vez em 2020 e venceu por pouco um segundo mandato em 2024, enfrentou repetidas alegações de alterar as regras para garantir o poder.





