Líbano

Em mais uma violação do cessar-fogo, ‘Israel’ bombardeia Beirute

Esta é a segunda vez desde o início do cessar-fogo que o exército sionista bombardeia a capital libanesa

A ofensiva do Estado sionista contra o Líbano voltou a escalar nesta terça-feira (1º), com um novo bombardeio aéreo atingindo um edifício residencial de múltiplos andares no sul de Beirute, capital libanesa. A informação foi confirmada pela emissora libanesa Al Mayadeen.

De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, três civis foram assassinados, entre eles uma mulher, e ao menos sete pessoas ficaram feridas na ação criminosa conduzida sem qualquer aviso prévio por parte das forças de ocupação. A operação foi conduzida com base em informações do Shabak, o serviço de inteligência interna do regime sionista.

Embora o exército de ocupação alegue ter mirado uma liderança do partido libanês Hesbolá, fontes locais desmentem a versão oficial e apontam que o alvo fatal era um militante comum do partido, não uma figura dirigente.

O ataque marca a segunda incursão aérea dos sionistas na região sul da capital libanesa desde 27 de novembro do ano passado, quando teve início um cessar-fogo mediado por potências internacionais. A primeira ocorreu em 28 de março de 2025 e foi precedida por disparos de advertência, ao contrário do bombardeio mais recente, que foi conduzido de surpresa, caracterizando uma nova violação flagrante dos acordos internacionais.

A gravidade da situação levou até mesmo o presidente francês, Emmanuel Macron, a criticar publicamente a ação. Em coletiva conjunta com o presidente libanês, Joseph Aoun, Macron classificou o ataque como “inaceitável” e ressaltou que “não há nenhuma atividade que justifique tais bombardeios”. Disse ainda: “É absolutamente necessário que o marco que definimos, e que foi aceito por Líbano e ‘Israel’, seja respeitado. Hoje, ele foi unilateralmente desrespeitado por ‘Israel’.”

Já o presidente libanês condenou os bombardeios e alertou para o risco de uma escalada militar: “Condenamos qualquer ataque contra o Líbano e qualquer tentativa suspeita de arrastar o país de volta ao ciclo de violência”. Aoun apelou aos aliados do Líbano para que “atuem com urgência a fim de impedir o agravamento da situação e auxiliar na aplicação dos acordos internacionais”.

O novo ataque sionista, que atinge civis em plena capital libanesa, reforça o caráter criminoso da política de guerra permanente levada adiante por ‘Israel’ contra os povos do Oriente Médio. Trata-se de mais uma demonstração de que, sob o pretexto de combater o Hesbolá ou qualquer outra organização da resistência árabe, o verdadeiro alvo do Estado de “Israel” é a soberania nacional dos países da região e a integridade de suas populações.

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