Daqui a cinco dias, no dia 25 de outubro, o Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), em São Paulo, será o palco do curso Bolchevismo e Stalinismo, uma iniciativa fundamental da Universidade Marxista. A atividade, que se insere no ciclo de debates e formação política do Partido da Causa Operária (PCO), assume um significado especial ao marcar os 85 anos do assassinato de Leon Trótski.
O curso será ministrado por João Jorge Pimenta, dirigente nacional do PCO, e durará dois dias. Pimenta é um nome reconhecido na Universidade Marxista, onde já apresentou o curso O renegado Kautsky.
Integrando a direção da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), João Pimenta é também autor do livro A Era da Censura das Massas. Sua atuação política inclui candidaturas a deputado federal (2022) e a prefeito de São Paulo (2024).
O curso se debruçará sobre as raízes da luta contra a burocracia soviética, um combate que se intensificou após a morte de Lênin. Um ponto central do curso será a demarcação teórica e política: o stalinismo não é uma vertente do marxismo, mas sim um fenômeno político e social contrarrevolucionário.
Para o trotskismo, a burocracia stalinista não representa uma nova classe social, mas sim um acidente histórico: a dominação de uma casta parasitária sobre o Estado operário degenerado. O curso combaterá a visão relativista do “marxismo acadêmico”, que trata o stalinismo como apenas mais uma “corrente”, buscando anular as conclusões fundamentais do pensamento de Marx.
O stalinismo é, na verdade, o oposto do bolchevismo, caracterizado pela ausência total de coerência programática. Seu “programa” era a permanente adaptação à necessidade da burocracia soviética, evidenciada pelas guinadas políticas de Stálin, desde a tese do “socialismo em um só país” até a aliança com o nazismo e a defesa dos interesses da burguesia.
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