De acordo com informações do jornal O Globo, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria pressionando o governo norte-americano para aplicar as mesmas sanções que foram impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também ao ministro Gilmar Mendes e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-SP).
Segundo aliados do deputado, ele cumprirá uma série de compromissos em Washington na próxima quarta-feira (13), e os nomes de Gilmar Mendes e Davi Alcolumbre estarão entre os assuntos discutidos. As punições contra o magistrado e o presidente do Senado, pelo governo de Donald Trump, poderiam ocorrer porque Gilmar Mendes não se posicionou pelo isolamento de Moraes e ainda atua em sua “blindagem”.
No caso de Davi Alcolumbre, a negativa em abrir o processo de impeachment contra Moraes, mesmo após a oposição reunir 41 assinaturas no Senado, teria colocado o parlamentar no foco. Para integrantes da gestão Trump, o senador é mais uma figura que “blinda” o ministro do STF.
Apurações feitas pelo Brasil 247 indicam que, na semana passada, Gilmar Mendes admitiu a políticos e empresários — em declarações reproduzidas pelo colunista Lauro Jardim — que vê “certos excessos” em decisões de Moraes, mas deixou claro que seguirá prestando apoio ao colega.
Alexandre de Moraes perdeu o cartão de crédito, o visto americano, o direito de andar de avião e diversas outras possibilidades devido à aplicação da Lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos. Moraes também pode ter contas bloqueadas em serviços digitais de empresas americanas – como Uber, Amazon, Microsoft, Apple, Starlink, Google e Meta –, o que o impede de usar produtos online dessas marcas.
Ao anunciar a medida, no final de julho, os Estados Unidos afirmaram que Moraes usou sua posição de magistrado para “autorizar detenções arbitrárias” e “suprimir a liberdade de expressão”. Na última quinta-feira (7), a embaixada dos Estados Unidos afirmou em publicação nas redes sociais que “aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas” também podem ser punidos.
Nessa situação, a extrema direita tem mostrado que está com a iniciativa. O governo brasileiro, por sua vez, saiu a campo para apoiar o ministro Alexandre de Moraes. Lula, para demonstrar apoio a Moraes, convocou um jantar onde apareceram apenas seis dos onze ministros do STF: Cristiano Zanin, Edson Fachin, Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Flávio Dino e o próprio Alexandre de Moraes.
Torna-se cada vez mais provável capitulação completa dos ministros do Supremo diante da pressão. Essa corja direitista que atua no STF não tem nenhum princípio; muito pelo contrário, age de acordo com interesses próprios.





