Polêmica

‘Ecossocialismo’ é fachada para defender o imperialismo

A esquerda travestida de ‘ecossocialista’ nada mais é que um puxadinho do imperialismo, que se utiliza de todos os meios para impedir o desenvolvimento dos países atrasados

Apocalipse

A esquerda que defende os interesses do imperialismo volta a atacar. Pode-se constatar isso no artigo A COP-30 no espelho da situação nacional, de Israel Dutra, publicado na Revista Movimento nesta segunda-feira (10).

O texto começa repetindo uma mentira, diz que a COP30 foi “iniciada pouco após o aval do governo federal para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas”. Pessoas mal-intencionadas vivem repetindo que se trata da “foz” do rio Amazonas, para causar a falsa impressão de que se está pondo em risco sistemas ecológicos. Na verdade, a exploração deverá ocorrer na Margem Equatorial, a 540 quilômetros da costa.

A ideia desses “ecossocialistas” é gerar medo nas pessoas para ficarem contra a exploração desta importantíssima riqueza que é o petróleo. Fora isso, esse recurso já está sendo explorado ao lado, na Guiana, por petroleiras estrangeiras, e esses que se dizem tão preocupados com a natureza nunca deram um pio, a crítica recai tão somente sobre a Petrobrás.

Segundo Dutra, “a conferência marca o abandono dos objetivos de redução de emissões de carbono estabelecidos pelo Acordo de Paris em 2015. Nas palavras do próprio presidente da COP, André Corrêa do Lago, seu foco deverá estar na adaptação às mudanças climáticas, implicitamente admitindo a incapacidade de ação perante os interesses da indústria do combustível fóssil e aceitando os gravíssimos pontos de não retorno já atingidos ou em via de o serem”.

Chama a atenção que alguém que se diga de esquerda assine embaixo de resoluções do Acordo de Paris, uma série de medidas imperialistas que visam controlar o crescimento econômico de países atrasados. Estabeleceu-se, por exemplo, um sistema de “compensação”, onde os países industrializados “indenizariam” os países atrasados que não poluíssem. Em outras palavras, os países ricos continuariam produzindo, enquanto os países pobres receberiam uma verba (que nunca foi paga) para se manterem desindustrializados.

Além de que isso serve como uma “licença para poluir”, todos sabem que os produtos industrializados são os que têm maior valor agregado, os países pobres ficam relegados à mera condição de fornecedores de commodities e mercado consumidor em uma relação econômica completamente desfavorável.

Negacionismo

Um dos truques dessa esquerda é tentar rebaixar o debate. No segundo parágrafo, Dutra escreve que “a COP 30 é também um espelho da própria realidade nacional, expressando ao mesmo tempo tanto as contradições do governo perante o chamado ‘capitalismo verde’ quanto as necessárias tarefas de enfrentamento ao negacionismo e a violência da extrema direita”.

“Negacionismo” é um expediente que essa esquerda autoritária utiliza para interditar o debate. Qualquer pessoa que conteste a “verdade” científica é logo tratada de “negacionista”, “terraplanista” etc. Ocorre que nada tem que ficar livre de contestação. Se vivesse hoje, Nicolau Copérnico seria considerado negacionista por essa esquerda pequeno-burguesa.

Durante a pandemia de COVID-19, qualquer um que contestasse a qualidade ou eficiência das vacinas era logo estigmatizado. Alexandre de Moraes, o ministro do STF adorado por grande parte da esquerda, foi relator do Inquérito 4.781, que tratava de maneira autoritária quem se dispusesse a falar de maneira não autorizada sobre as vacinas. Tudo poderia ser considerado fake news, ou atentar contra a democracia.

Hoje, passada a onda, se sabe que a contestação era mais do que válida, era necessária, pois existem inúmeros relatos sobre efeitos colaterais das vacinas, que foram feitas a toque de caixa.

A ciência, como já dissemos, não é neutra. Entre 1950 e 1970, se dizia que a Terra iria resfriar. Não resfriou. Em seguida, nos anos 1980, “estudos da NASA” passaram a dizer que o “aquecimento global” não tinha causas naturais e que as geleiras derreteriam e as cidades costeiras iriam todas ficar submersas em 20 anos.

Passado o prazo, as cidades não submergiram, e agora inventaram as tais “mudanças climáticas”. Há cientistas que contestam as tais “mudanças”, alegam que são eventos cíclicos que têm relação com a liberação de hidrogênio na atmosfera devido às interações da Terra com o Sol. No entanto, esses cientistas são calados porque suas ideias contrariam os interesses do grande capital.

Esquerda ongueira

O terceiro parágrafo ilustra bem quão perniciosa é essa esquerda “ecossocialista”. Dutra diz que três temas têm sido especialmente sensíveis na agenda dos movimentos sociais diante da COP-30. O primeiro refere-se a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, com a permissão para perfuração exploratória, com prejuízos socioambientais são incalculáveis. Depois, como grande marca apresentada pelo governo brasileiro, reeditando a proposta apontada no G20 em 2022, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). O TFFF integra-se a lógica do capitalismo verde ao financeirizar a preservação das florestas tropicais, tratando-as como uma engrenagem da acamulação capitalista para a qual devemos dirigir uma atenção de mercado. Por último, a inclusão de mais de três mil quilomêtros de trechos navegáveis dos rios Tocantins, Madeira e Tapajós no Programa Nacional de Desestatização (PND), contra o que os povos tradicionais já se manifestaram”.

Começando pelo final, essas pessoas não falam em nome dos “povos tradicionais”, pois a população que vive na região amazônica quer, sim, desenvolvimento. Quer ter acesso à eletricidade, a serviços públicos. Quem se diz contra, são principalmente pessoas que vivem nas cidades e se dizem “defensoras da natureza”.

Como já foi dito acima, é mentira que se trata da “foz” do Amazonas. E salta aos olhos que não querem a navegação nos rios, trata-se de um verdadeiro crime.

A esquerda está completamente infiltrada por ONGs que recebem dinheiro da CIA, de George Soros, e outros órgãos do imperialismo que tentam barrar quaisquer iniciativas de desenvolvimento. Essa gente não quer rodovias, não quer ferrovias, e agora critica até hidrovias. Ou seja, não pode nada. Quem vive na região amazônica tem que viver no mais completo atraso e isolamento.

É um crime contra essa população, não existe outra palavra para descrever o que estão fazendo. Esses que dizem que não se pode explorar petróleo, são os mesmos que tentaram impedir a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Como esses “ecossolistas” querem que se mantenha escolas e hospitais, com energia solar, eólica? E mesmo essas fontes, que são insuficientes, não são nada ecológicas.

Falsários

É preciso denunciar o MES, a Revista Movimento, eles estão sabotando o desenvolvimento do Brasil, querem condenar milhões de pessoas ao mais puro subdesenvolvimento. Sem eletricidade, sem saúde, sem sistemas de transporte. Nada.

Isso não é esquerda, não é socialismo. Esse pessoal do MES quer que populações vivam na pobreza para impedir que o brasileiro tenha acesso às suas riquezas. Estão defendendo os interesses do imperialismo, que espera o momento mais propício para explorar as riquezas incalculáveis que estão na Amazônia.

É mentira que esses “ecossocialistas” estejam defendendo a natureza, pois eles mesmos não querem ir morar no meio mato, vivendo de tanga. Defendem interesses os interesses do grande capital financeiro, e isso precisa ser denunciado.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.