O país passa por uma elevação nos preços dos alimentos, que deteriora as condições de vida das famílias
Com o crescimento da impopularidade do governo Lula (PT), produto da política econômica implementada que tem como uma das principais consequências o aumento dos alimentos, o governo toma medidas para diminuir os preços desses produtos. Algumas dessas medidas foram anunciadas no dia 6 de março pelo governo federal.
Propostas ineficazes
A principal proposta do governo é a de aumentar a competitividade dos produtos vendidos no Brasil por meio da suspensão do imposto de importação. Isso porque, sem a tarifa, a ideia é que os importados cheguem mais baratos ao país e assim pressionem os produtores locais a reduzir seus preços.
Outra proposta do governo federal é que os estados zerem o ICMS de alguns alimentos. Boa parte dos estados já cobra entre 7% e 12% de ICMS nos produtos da cesta básica, abaixo da tarifa média de 17% a 18% deste imposto.
As propostas do governo federal para baixar o valor dos alimentos geraram polêmicas, mas medidas devem ter um impacto pouco significativo na inflação, principalmente para a população de baixa renda.
Sabotagem contra o País
O aumento no preço dos alimentos tem relação com a política agrícola implementada no País, voltada ao favorecimento dos interesses do latifúndio e do agronegócio exportador em detrimento do abastecimento do mercado interno, realizado cada vez mais pelos pequenos produtores; agricultura familiar etc. Bem como com a política econômica de favorecimento dos bancos contra as necessidades da imensa maioria da população.
O latifúndio exportador recebe bilhões de reais em subsídios estatais. Contudo, não contribui em nada com o desenvolvimento econômico do país. O imperialismo mundial reserva ao Brasil a estreita função de exportador de matérias-primas e commodities agrícolas e este setor se beneficia das exportações, enquanto o povo paga caro pelos produtos agrícolas ou passa fome.
Medidas efetivas
Para ter um resultado concreto, que pressione para abaixar o preço dos alimentos, são necessárias medidas mais profundas, como ter estoques reguladores e conter exportação de gêneros necessários para satisfazer as necessidades do povo brasileiro (carne, café etc.).
Além disso, é preciso realizar a reforma agrária com expropriação do latifúndio e garantir recursos para os pequenos e médios proprietários do campo a fim de conter a sabotagem do agronegócio e setores ligados ao imperialismo, reduzir os juros e cortar recursos bilionários entregues aos bancos por meio das altas taxas de juros e da fraudulenta dívida pública.