Movimento sindical

É preciso ir à greve em defesa do salário e do emprego

APEOESP entrega Pauta de Reivindicações da categoria na Secretaria da Educação, como parte da campanha salarial e de luta contra as demissões

O ano letivo na rede estadual paulista começou, mais uma vez, em meio a uma enorme bagunça, provocada pela política anti-educacional do governo.

Os professores não tiveram sossego nem mesmo nas férias, com dezenas de milhares sendo forçados a trocar de escolas, milhares ficando sem aulas (desempregados!) ou ficando adidos, por conta do caos provocado nas atribuições de aula para 2025.

O ano começou também com mais arrocho salarial, com o governo do Estado mais rico do País não pagando sequer o reajuste do piso salarial nacional de 6,27% devido desde 1º de janeiro, que passou a míseros R$4.867,77. Algo que já deveria estar sendo pago como “salário-base”.

Tudo com a inflação em alta, principalmente entre os alimentos, tornando a vida da categoria cada dia mais difícil. Veja algumas das maiores altas acumuladas:

Itens

Variação em 12 meses

Abacate

  • 68,77%

Laranja-Lima

  • 59,56%

Café Moído

  • 50,35%

Limão

  • 30,48%

Carnes (média)

  • 26,32%

Óleo de Soja

  • 24,55%

Etanol

  • 21,59%

Leite Longa Vida

  • 16,19%

Preços dos aluguéis

  • 10,18%

Salário miserável

De acordo com o DIEESE, o salário mínimo necessário de um trabalhador, mesmo sem qualificação profissional, deveria ser de R$7.156,15. No caso do professor, do qual se exige formação superior e contínua, o piso não poderia ser de menos de R$9.000.

Os salários dos professores paulistas continuam entre os mais baixos dentre todas as categorias com ensino superior (e até muitas sem) do País. E o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue a mesma políticas de seus antecessores (Dória, Alckmin, Serra etc.), de cortar direitos, dividir a categoria, terceirizar e impor novos ataques ao ensino público.

Veja a situação de outras categorias ou funções:

Categoria/função

Piso salarial

Jornada

Fonte

Engenheiros

R$9.000

30 horas semanais

Confea/CEA’s

Médicos e Dentistas

R$10.991

20 horas semanais

Piso aprovado na CS da Câmara dos Deputados

Advogados/SP

R$7.071*

40 horas semanais

AASP

Delegados de Polícia 1ª classe

R$17.081,57

40 horas semanais

SGP/SP

Além desses vencimentos, esses e muitos outros profissionais recebem outras vantagens e adicionais, como no caso dos advogados, que têm tíquetes alimentação fixados em R$43,44, por dia. Ao contrário do que acontece na rede estadual de ensino, onde parcela da categoria recebe o “vale-coxinha” de R$12 para alguns dias do mês.

Entrega da pauta

Diante desse caos e da continuidade da “ditadura” contra os educadores e estudantes nas escolas, a APEOESP está entregando a Pauta de Reivindicações da categoria nas Diretorias de Ensino e na Secretaria de Educação.

Fato é que o governo não se importa, não negocia com o Sindicato e não vai mudar de política se não for pressionado pela mobilização dos professores. Diante disso, é preciso parar as escolas e ocupar as ruas para pôr fim à situação de arrocho salarial, às demissões, ao assédio e ditadura nas escolas e conquistar as reivindicações dos educadores

Constam da Pauta do sindicato:

  • REAJUSTE SALARIAL IMEDIATO
  • ATRIBUIÇÃO DE AULAS A TODOS OS PROFESSORES
  • CONTRATAÇÃO DOS PROFESSORES AUXILIARES JÁ! NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!
  • GARANTIR DIREITOS DE PROFESSORES E ESTUDANTES NA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
  • REGRAS DE ATPC E ATPL QUE GARANTAM DIREITO A LOCAL DE LIVRE ESCOLHA
  • (FIM DA DITADURA) ​​GESTÃO DEMOCRÁTICA COM PLENO FUNCIONAMENTO DOS CONSELHO ESCOLAR

Calendário de Mobilização

  • De 20 a 26 de fevereiro – entrega da pauta de reivindicações em todas as Diretorias de Ensino, realizando atos, caminhadas, panfletagens e outras atividades
  • Até 15 de março – reuniões de Representantes de Escolas, e assembleias regionais, assim como caminhadas, panfletagens, carreatas e outras atividades.
  • 1º de março – 10h – o Bloco Educa, da APEOESP, sairá às ruas
  • 15h Bloco Vermelhão, no Teatro Municipal, com a participação de Educadores em Luta, Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, Bateria Zumbi dos Palmares e muitos mais.
  • 8 de março – Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora – Ato do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo
  • 12 de março – 18h – realizaremos grande Ato-show pela Defesa Intransigente da Educação Pública de Qualidade
  • 21 de março – 16h – Assembleia Estadual dos Professores – Praça da República

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