O ano letivo na rede estadual paulista começou, mais uma vez, em meio a uma enorme bagunça, provocada pela política anti-educacional do governo.
Os professores não tiveram sossego nem mesmo nas férias, com dezenas de milhares sendo forçados a trocar de escolas, milhares ficando sem aulas (desempregados!) ou ficando adidos, por conta do caos provocado nas atribuições de aula para 2025.
O ano começou também com mais arrocho salarial, com o governo do Estado mais rico do País não pagando sequer o reajuste do piso salarial nacional de 6,27% devido desde 1º de janeiro, que passou a míseros R$4.867,77. Algo que já deveria estar sendo pago como “salário-base”.
Tudo com a inflação em alta, principalmente entre os alimentos, tornando a vida da categoria cada dia mais difícil. Veja algumas das maiores altas acumuladas:
Salário miserável
De acordo com o DIEESE, o salário mínimo necessário de um trabalhador, mesmo sem qualificação profissional, deveria ser de R$7.156,15. No caso do professor, do qual se exige formação superior e contínua, o piso não poderia ser de menos de R$9.000.
Os salários dos professores paulistas continuam entre os mais baixos dentre todas as categorias com ensino superior (e até muitas sem) do País. E o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) segue a mesma políticas de seus antecessores (Dória, Alckmin, Serra etc.), de cortar direitos, dividir a categoria, terceirizar e impor novos ataques ao ensino público.
Veja a situação de outras categorias ou funções:
Além desses vencimentos, esses e muitos outros profissionais recebem outras vantagens e adicionais, como no caso dos advogados, que têm tíquetes alimentação fixados em R$43,44, por dia. Ao contrário do que acontece na rede estadual de ensino, onde parcela da categoria recebe o “vale-coxinha” de R$12 para alguns dias do mês.
Entrega da pauta
Diante desse caos e da continuidade da “ditadura” contra os educadores e estudantes nas escolas, a APEOESP está entregando a Pauta de Reivindicações da categoria nas Diretorias de Ensino e na Secretaria de Educação.
Fato é que o governo não se importa, não negocia com o Sindicato e não vai mudar de política se não for pressionado pela mobilização dos professores. Diante disso, é preciso parar as escolas e ocupar as ruas para pôr fim à situação de arrocho salarial, às demissões, ao assédio e ditadura nas escolas e conquistar as reivindicações dos educadores
Constam da Pauta do sindicato:
- REAJUSTE SALARIAL IMEDIATO
- ATRIBUIÇÃO DE AULAS A TODOS OS PROFESSORES
- CONTRATAÇÃO DOS PROFESSORES AUXILIARES JÁ! NÃO À TERCEIRIZAÇÃO!
- GARANTIR DIREITOS DE PROFESSORES E ESTUDANTES NA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
- REGRAS DE ATPC E ATPL QUE GARANTAM DIREITO A LOCAL DE LIVRE ESCOLHA
- (FIM DA DITADURA) GESTÃO DEMOCRÁTICA COM PLENO FUNCIONAMENTO DOS CONSELHO ESCOLAR
Calendário de Mobilização
- De 20 a 26 de fevereiro – entrega da pauta de reivindicações em todas as Diretorias de Ensino, realizando atos, caminhadas, panfletagens e outras atividades
- Até 15 de março – reuniões de Representantes de Escolas, e assembleias regionais, assim como caminhadas, panfletagens, carreatas e outras atividades.
- 1º de março – 10h – o Bloco Educa, da APEOESP, sairá às ruas
- 15h Bloco Vermelhão, no Teatro Municipal, com a participação de Educadores em Luta, Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, Bateria Zumbi dos Palmares e muitos mais.
- 8 de março – Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora – Ato do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo
- 12 de março – 18h – realizaremos grande Ato-show pela Defesa Intransigente da Educação Pública de Qualidade
- 21 de março – 16h – Assembleia Estadual dos Professores – Praça da República