Neste sábado, 18 de outubro, o Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP) sediará uma palestra-debate em celebração à vitória do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), após a conquista de um acordo de cessar-fogo junto à entidade nazissionista de “Israel”. A atividade ocorre às 17h na Rua Conselheiro Crispiniano, 73, no bairro da República.
Convocada pelo Partido da Causa Operária (PCO) e pelos comitês de luta, a atividade contará com a presença de Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, e Reda Sued, integrante do Campo Progressista Árabe. Juntos, eles trarão a conjuntura mais atualizada e aprofundada sobre o que significa esta vitória para o povo palestino e para o movimento anti-imperialista mundial.
O encontro acontece logo após a transmissão da tradicional Análise Política da Semana, o programa de conjuntura mais completo da esquerda nacional, veiculado pela Causa Operária TV, que inicia às 13h.
O acordo de cessar-fogo, costurado na última semana com a mediação do Egito, do Catar e do presidente norte-americano Donald Trump, é uma vitória estrondosa e histórica da Resistência Palestina. Ele veio após a ofensiva total de dois anos por parte do sionismo, que, mesmo com apoio militar e financeiro dos Estados Unidos, foi incapaz de atingir seu objetivo central: aniquilar o Hamas. O mito da invencibilidade de “Israel” ruiu diante da tenacidade dos combatentes da Faixa de Gaza.
A materialização dessa vitória veio com a troca de prisioneiros, um feito notável da Resistência. 20 prisioneiros israelenses foram trocados por quase 2.000 palestinos, sendo 250 deles condenados à prisão perpétua e 1.700 detidos na repressão à histórica Operação Dilúvio de Al-Aqsa. A libertação de lideranças importantes, como Mahmoud Issa das Brigadas Al-Qassam, demonstra o poder de barganha e a capacidade de organização da Resistência.
Além da troca de prisioneiros, o cessar-fogo prevê a reconstrução de Gaza e o ingresso de ajuda humanitária, o que não é uma concessão de “Israel”, mas sim o resultado da derrota militar e política imposta pela Resistência, que forçou a queda do cerco.
No entanto, o acordo é frágil e abre, de imediato, um novo e perigoso capítulo: a ofensiva ideológica e política do imperialismo para desarmar a Resistência Palestina e liquidar, de uma vez por todas, a causa nacional palestina. O ponto de divergência mais fundamental e inconciliável é a governança de Gaza.
Enquanto o sionismo, em sua confissão de impotência, exige o desarmamento do Hamas sob a promessa de uma “paz duradoura”, o Movimento de Resistência Islâmica é categórico: só abrirá mão da luta armada quando a ocupação sionista e a colonização da Palestina tiverem um fim.
Essa posição do Hamas é a espinha dorsal da causa palestina. Não haverá libertação sem a luta armada. Sem o Hamas, a Jiade Islâmica e os demais grupos que empunham as armas, a Palestina teria sido completamente anexada. É a resistência que representa a única barreira concreta contra o genocídio e a limpeza étnica promovidos pelo regime de “Israel”.
Diante da derrota militar, o imperialismo e seus porta-vozes, incluindo setores da imprensa burguesa e da esquerda pequeno-burguesa, lançaram uma campanha agressiva para isolar o Hamas. Os mesmos que justificaram o bombardeio de hospitais e o assassinato de crianças agora posam de “pacificadores” e acusam a Resistência de “excesso de violência”.
Para conhecer melhor as novas perspectivas para o movimento de apoio ao povo palestino após o cessar-fogo e se armar ideologicamente para a próxima fase da luta, não perca a palestra-debate deste sábado!





