Começa nesta terça-feira (7) um dos eventos mais aguardados do ano de 2025: o ato em defesa da resistência palestina convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO), o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e outras entidades, como os comitês de luta. A manifestação ocorre no marco de dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada pelo Movimento de Resistência Islâmica em 2023, e ocorrerá na sede da Apeoesp, no bairro da República, em São Paulo.
Desde então, o mundo não foi mais o mesmo. Em uma aliança sem precedentes no Oriente Próximo, dezenas de grupos palestinos, incluindo a Jiade Islâmica e a Frente Popular para Libertação da Palestina (FPLP), se uniram sob a liderança do Hamas para realizar operações militares que desmoralizaram completamente as forças de ocupação de “Israel”. Esta aliança palestina, por sua vez, é parte de uma frente ainda mais ampla, o Eixo da Resistência, que conta com a disposição revolucionária da República Islâmica do Irã, do Iêmen e de milícias xiitas no Iraque e na Síria.
Graças à Operação Dilúvio de Al-Aqsa, “Israel” viu seu apoio na opinião pública mundial despencar. Apesar de todo o seu investimento secular em propaganda, o sionismo perdeu apoio até mesmo nos Estados Unidos, o principal patrocinador da entidade genocida. Não apenas o presidente democrata Joe Biden renunciou à reeleição pela insatisfação de sua base com o genocídio, como ainda o ativista Charlie Kirk, próximo ao trumpismo, também rompeu publicamente com o sionismo. A maioria da juventude norte-americana hoje apoia a resistência armada palestina e sua vanguarda, o Hamas.
A mudança da opinião pública é resultado direto da capacidade revolucionária dos combatentes palestinos. Isolados por terra, água e mar, esses bravos homens estão impondo uma derrota aos exércitos mais poderosos do mundo, que sustentam a monstruosidade da ocupação sionista. Isso só é possível porque o que ocorre na Palestina é uma revolução. A totalidade daquele povo compreende que não há outra saída para sua libertação que não a luta armada.
O ex-secretário de Estado Antony Blinken resumiu bem esse processo. No início do ano, ele declarou que o Hamas hoje conta com o mesmo número de combatentes que tinha no início da operação. Ou seja, não adianta assassinar as lideranças militares e políticas da resistência, nem adianta bombardear a população civil. A Palestina inteira se levantou contra o sionismo.
A importância da vitória do Hamas é tão grande que chega a ser insuportável para o imperialismo. Em todo o mundo, os governos infiltrados pelos serviços de inteligência imperialistas e sionistas perseguem aqueles que demonstram apoio à luta dos palestinos. No Reino Unido, um grupo inteiro foi banido, e os seus apoiadores, por sua vez, são presos dia após dia.
No Brasil, isso se revelou de maneira cristalina na perseguição da direita ao próprio ato que acontecerá neste dia 7 de outubro. Parlamentares, organizações não governamentais (ONGs) e a imprensa burguesa dita “democrática” se uniram em uma coalizão que visava impedir a manifestação de acontecer.
Foi em vão. O ato está mantido e será um ponto fundamental para a luta de classes em toda a América Latina. Neste momento em que o governo norte-americano ameaça a Venezuela e aumenta a pressão sobre o governo brasileiro, a defesa da resistência palestina mobiliza o povo brasileiro contra o inimigo em comum: o imperialismo.
Por isso, todos ao ato desta terça-feira! É hora de mostrar apoio aqueles que estão dando o sangue pela libertação de seu povo.
Viva a revolução palestina!





