Universidade Marxista

É amanhã! Venha estudar e debater o Brasil no CCBP

Curso que debate a história do Brasil retorna amanhã. Participação presencial no CCBP, em São Paulo, oferece a melhor experiência aos participantes

Na próxima sexta-feira (18), a Universidade Marxista dará continuidade ao curso Brasil: 500 anos de história – Uma Interpretação Marxista, com aulas presenciais no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, 73, República, São Paulo, e transmissão ao vivo pela plataforma da Universidade Marxista. Ministrado pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, o segundo módulo, intitulado O Império Tropical, aborda o período que vai da Independência, em 7 de Setembro de 1822, até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Dado a extensão de temas a serem abordados, a direção do PCO entendeu que o segundo módulo precisava de uma extensão, e por isso, fez uma primeira parte abrangente, explicando o processo revolucionário da libertação do País, tão incompreendido quanto caluniado. O novo segmento promete concluir o período imperial, com análises detalhadas e polêmicas, confrontando falsificações históricas, especialmente as promovidas por correntes identitárias que distorcem a história do Império Brasileiro.

O primeiro módulo, concluído anteriormente, cobriu os três primeiros séculos da história brasileira, desde a formação de Portugal até os eventos que culminaram no processo de independência. Foram 20 aulas até o momento, todas disponíveis para visualização na plataforma.

No primeiro módulo, as aulas começaram com uma introdução ao materialismo histórico, apresentado como a base teórica para compreender a história a partir de fatos concretos, rejeitando interpretações subjetivas. A formação de Portugal foi abordada em duas partes, destacando a Revolução de Avis (1385) como marco inicial da consolidação do reino.

A conquista das Índias e o Descobrimento do Brasil em 1500 foram analisados, com ênfase na conjuntura de expansão portuguesa. O século XVI foi dissecado em três aulas, examinando as correntes intelectuais que começaram a estudar o Brasil e as origens de uma nação muito singular, parte essencial do primeiro império onde o sol nunca se punha.

O século XVII trouxe desafios para a consolidação da Colônia, um dos mais importantes, destacado em duas aulas: a invasão holandesa (1630-1654). Pimenta explorou as causas e impactos da presença da Holanda na Colônia, refutando propagandistas que elogiam os invasores em detrimento da resistência local.

Os bandeirantes, frequentemente demonizados por correntes identitárias, foram tema de duas aulas, dedicadas a mostrar com fatos como essas figuras foram fundamentais para a expansão territorial e a formação cultural do Brasil, desmontando acusações de que seriam apenas “torturadores de indígenas”.

O século XVIII foi abordado com foco nas transformações econômicas e sociais, culminando na aula sobre o Tratado de Madrid (1750), conduzido pelo diplomata brasileiro Alexandre de Gusmão. Pimenta destacou sua genialidade: “provavelmente o maior negociador que já existiu na história da humanidade”, responsável por expandir o território brasileiro em mais de dois terços sem recorrer à guerra, definindo as bases do mapa atual, exceto porções do Rio Grande do Sul e o Acre.

O segundo módulo, por outro lado, foi dividido em duas grandes seções. A primeira abordou o processo de independência, detalhando eventos como a chegada da família real ao Brasil em 1808, sob D. João VI, o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822) e o Grito do Ipiranga (7 de Setembro de 1822), liderado por D. Pedro I.

As batalhas pós-Independência, especialmente na Bahia e no Maranhão, também foram analisadas nessa etapa, destacando a participação de forças populares e tropas imperiais. Desmascarando a campanha identitária, Pimenta demonstra como o primeiro imperador e libertador do Brasil era um líder astuto, que enfrentou a burguesia portuguesa e foi essencial para a manutenção da unidade nacional desse imenso país que, ao contrário das outras nações continentais, já nasceu gigante.

A segunda seção do módulo explorará a consolidação do Império, sob os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II, abordando a formação do Estado nacional, a economia cafeeira e a manutenção da unidade territorial em meio a pressões externas e internas. Finalmente, o curso tratará do declínio do Império, culminando na Proclamação da República.

Este período é cercado de falsificações criadas propositalmente para desmoralizar o Império e seus legados, e, mais importante, o povo brasileiro. Identitários frequentemente acusam o regime imperial de ser apenas uma extensão da opressão colonial. Esta, sim, uma farsa, como pôde ser visto nas aulas anteriores, e com mais profundidade a partir de amanhã.

A Universidade Marxista é uma oportunidade única para compreender a história brasileira sob uma perspectiva crítica, livre das amarras do revisionismo imperialista. As inscrições estão abertas na plataforma da Universidade Marxista, onde os interessados podem adquirir os módulos e acessar as aulas gravadas do primeiro módulo.

A participação presencial no CCBP, em São Paulo, oferece a melhor experiência aos participantes, trazendo a chance de dialogar diretamente com Pimenta, um dos principais expoentes do marxismo no País; por isso, se você está em São Paulo ou próximo, não deixe de vir participar presencialmente e, assim, enriquecer a sua experiência.

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