Entre 7 e 8 de julho, dois trabalhadores morreram em acidentes laborais no Rio Grande do Sul. Mauricio da Silva Estella, 36, foi prensado por uma máquina extrusora na fábrica Unique Rubber, em São Leopoldo. Em Gramado, Cledir Silveira da Silva, 44, morreu atingido por uma laje desprendida em uma obra de construção civil.
Os acidentes ocorreram em locais considerados de “alto padrão”. A Unique Rubber, que se autoproclama “segunda maior fabricante de compostos de borracha da América Latina”, já registrou morte semelhante em 2019.
Em 2023, o Brasil teve 27 mil mortes por acidentes de trabalho, segundo a Previdência. Organizações de trabalhadores devem pressionar por maior segurança para evitar novas tragédias. Os casos expõem falhas graves na fiscalização e na manutenção de equipamentos.
Na Unique Rubber, a reincidência de acidentes reforça que o problema real é a negligência criminosa da empresa. Em Gramado, a obra de um empreendimento luxuoso carecia de protocolos de segurança adequados. Sindicatos e outras organizações de luta da classe operária devem pressionar por investigações rigorosas sobre as mortes e políticas que protejam os trabalhadores, reforçando a necessidade de maior controle sobre as condições de trabalho.




