Nesta terça-feira (7), a guerra entre “Israel” e o povo palestino completou dois anos, deixando um rastro de destruição e uma crise humanitária de proporções catastróficas na Faixa de Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 67.000 palestinos foram mortos desde o início do conflito. Esse número inclui um número assustador de crianças, com mais de 18.500 menores de idade mortos até o final de julho de 2025. A Unicef, em agosto de 2025, estimou que as ações das forças israelenses matam cerca de 28 crianças por dia em Gaza.
O número de feridos ultrapassou a marca de 169.000 pessoas. Muitos desses ferimentos são graves, e a situação é agravada pelo colapso do sistema de saúde.
A crise humanitária em Gaza é descrita por oficiais da ONU como “mais do que catastrófica”. A fome se tornou uma realidade oficial, com a declaração de fome no enclave em agosto de 2025. Cerca de 30% da população de Gaza passa dias sem comer, e mais de 500.000 pessoas estão enfrentando níveis de insegurança alimentar classificados como “catastróficos” pela ONU.
Ao menos 150 crianças foram mortas por fome. A OMS registrou a morte de 21 crianças menores de cinco anos por desnutrição em 2025.
A escassez de água e a destruição da infraestrutura sanitária também contribuem para a crise. Segundo especialistas da ONU, 89% da rede de água e saneamento foi danificada ou destruída. Em julho de 2025, a ONU confirmou que 96% das famílias vivem em “insegurança hídrica”.
A destruição em Gaza é quase total. O Centro de Satélites da ONU estima que pelo menos 102.067 prédios foram destruídos. Cerca de 8 em cada 10 edifícios no enclave foram danificados ou demolidos. A infraestrutura de saúde, educação e saneamento foi particularmente afetada.
Pelo menos 125 hospitais e clínicas foram danificados, e há relatos de mais de 136 ataques a unidades de saúde. A escassez de suprimentos e anestesia torna o atendimento médico quase impossível.
Mais de 658.000 crianças e 87.000 estudantes universitários estão sem acesso à educação, com mais de 2.300 instalações educacionais destruídas. Duas das três tubulações de água que abastecem Gaza foram danificadas, deixando milhões sem acesso seguro ao recurso.
A guerra em Gaza é considerado o mais letal para jornalistas na história moderna. O Sindicato dos Jornalistas da Palestina reporta que 252 profissionais da imprensa foram mortos em ataques israelenses. O Comitê para Proteger Jornalistas também destaca a guerra como a mais mortal para a profissão.
Mais de 10.800 palestinos estão presos em “Israel”, muitos sob a política de “detenção administrativa”, sem acusações ou julgamento. Entre os detidos, estão 450 crianças e 87 mulheres.





