Na última quinta-feira (5), a ditadura sionista deportou seis ativistas do barco Madleen, que tentava furar o bloqueio ilegal imposto a Gaza, segundo a organização palestina de direitos humanos Adalah. Os deportados incluem a eurodeputada francesa de origem palestina Rima Hassan e cidadãos de Brasil, Alemanha, Países Baixos e Turquia, todos detidos na segunda-feira (2) pela marinha do enclave imperialista a 185 km da costa gazense.
Dois franceses permanecem presos, com deportação prevista para sexta-feira (6). A Adalah denunciou maus-tratos, medidas punitivas e períodos de isolamento solitary contra os voluntários. O barco, organizado pela Freedom Flotilla Coalition, levava arroz e fórmula infantil para aliviar a crise humanitária em Gaza, onde a ONU alerta para fome catastrófica após quase dois anos de guerra e restrições severas a suprimentos. O Ministério das Relações Exteriores de “Israel” ridicularizou o Madleen como um “iate de selfie”. Todos os 12 passageiros foram banidos do país artificial por 100 anos.
Rima Hassan, que já havia sido proibida de entrar no enclave imperialista por apoiar boicotes contra a ocupação palestina, usou sua conta no X para convocar protestos na Place de la Republique, em Paris, pela libertação dos detidos e pelo fim do bloqueio. A cidadã alemã Yasemin Acar, deportada na quinta-feira, declarou em vídeo:
“Acabei de chegar à Alemanha. Estou segura. Mas uma coisa é clara: o cerco a Gaza continua. O bloqueio ilegal persiste. As pessoas ainda passam fome. Fiz isso porque meu país não faz o que deveria. Eles enviam mais armas. Precisamos parar isso. Precisamos responsabilizar nossos políticos pelo genocídio, pela fome, pelo assassinato de crianças, milhares de homens e mulheres. Não vamos parar.”
Desde março, o programa de ajuda do enclave imperialista, gerido pela obscura Gaza Humanitarian Foundation (GHF), apoiada pelos EUA, resultou em 220 mortes de civis em filas de ajuda, incluindo 26 em ataques de drones na quinta-feira, segundo autoridades de saúde de Gaza.
