Palestina

Ditadura sionista corta 70% do suprimento de água dos palestinos

Porta-voz da prefeitura de Gaza, Hosni Mehanna denunciou que a companhia israelense Mekorot cortou

O exército da ditadura sionista “Israel” interrompeu o fluxo de água da companhia israelense Mekorot para a Faixa de Gaza, cortando 70% do suprimento total do enclave palestino, conforme informou o porta-voz da prefeitura de Gaza, Hosni Mehanna, na última semana. A interrupção afeta a principal tubulação no bairro de Shujayea, na Cidade de Gaza, onde forças israelenses iniciaram uma ofensiva militar na quinta-feira (3). A medida agrava a já crítica situação hídrica da região, marcada por colapso de infraestrutura e escassez crônica de água potável.

Mehanna afirmou que as razões do corte não estão claras, mas a prefeitura coordena com organizações internacionais para verificar se a tubulação foi danificada pelos intensos bombardeios na área. “Os motivos da interrupção permanecem incertos, mas estamos trabalhando com entidades globais para inspecionar se o encanamento sofreu danos devido ao pesado ataque israelense”, disse ele. O porta-voz sugeriu que o bloqueio pode ter sido causado por ações militares diretas ou por uma decisão política deliberada das autoridades de “Israel”. A Mekorot, estatal que fornece água a Gaza desde 1967, não se pronunciou sobre o caso.

“Independentemente da causa, as consequências são graves. Se o fluxo de água da Mekorot não for restaurado logo, Gaza enfrentará uma crise hídrica em grande escala”, alertou Mehanna. Relatórios da ONU apontam que 80% da população de Gaza já dependia de água contaminada antes do corte, e a interrupção eleva riscos de sede, desidratação e surtos de doenças. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 50 mil palestinos morreram, e a falta de água agora ameaça os 2 milhões de sobreviventes no território sitiado.

Gostou do artigo? Faça uma doação!