Análise Política da Semana

Ditadura no Brasil se acirra enquanto esquerda vai à bancarrota

Rui Costa Pimenta denunciou, no último sábado, o aprofundamento da ditadura do Judiciário no Brasil, desde a ofensiva sionista ao processo contra Bolsonaro

Na Análise Política da Semana deste sábado (26), transmitida pela Causa Operária TV, o presidente do PCO ,Rui Costa Pimenta, iniciou falando sobre as liberdades democráticas, como já tradicional da análise. O dirigente denunciou a ofensiva sionista de censura que ora se aprofunda nas universidades, tanto na UFRJ como na PUC-SP, nos casos citados. Pimenta também destacou os processos contra o PCO, que o próprio responde, ressaltando o gigantesco lobby sionista por trás de toda a ofensiva, que desvela ainda o alinhamento entre a direita dita “democrática” e a extrema direita sob uma mesma política imperialista nesse ponto, a exemplo da chamada definição de antissemitismo. Tais fatos demonstram que a política de censura se amplia no País, que Rui caracterizou como uma situação inquisitorial, que vê pessoas sendo presas por suas opiniões e tende a se intensificar não apenas no Brasil, e que conta com o apoio entusiástico da esquerda pequeno-burguesa.

Na sequência, Pimenta denunciou as ilegalidades cometidas no processo contra os membros do ex-governo de Jair Bolsonaro. Dentre elas, a proibição de que Filipe Martins, um dos processados, apareça em qualquer vídeo gravado, mesmo por outra pessoa e publicado à revelia do próprio. O réu chegou a ser multado em 20 mil reais por aparecer num vídeo junto a seu advogado, gravado por este, mostrando que estava cumprindo a medida de comparecer periodicamente à delegacia. Mais, a condenação de Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por pichar com batom a estátua da justiça em frente ao STF e, por último, a intimação de Jair Bolsonaro enquanto internado na UTI, uma flagrante ilegalidade e uma abominação em qualquer sentido humano. As ilegalidades são tamanhas que mesmo um dos protagonistas da criminosa operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, denunciou-as publicamente, afirmando que jamais poderiam intimar uma pessoa gravemente doente. O acesso às UTIs, inclusive, é restrito em geral por questões de saúde.

Uma denúncia central foi sobre a posição da esquerda. Segundo Pimenta, a sanha repressiva da esquerda é, na realidade, “um atestado de indigência política, um atestado de fracasso político”.

“Cada vez que eles exigem a prisão e arbitrariedades, estão declarando que não têm condições de lutar contra o bolsonarismo no terreno político. Estão declarando que a batalha contra o bolsonarismo está perdida, que o papel deles é apoiar a burguesia direitista contra o Bolsonaro e, se essa burguesia direitista está implantando no Brasil uma ditadura, que seja.”

Quantos às termas internacionais, Rui denunciou a contraofensiva do imperialismo, com os bombardeios no Iêmen, o bloqueio das negociações de paz na Rússia, e a deterioração de quaisquer possibilidades de negociação na Faixa de Gaza, onde o Hamas já afirmou que não há espaço para isso, e não aceitará realizar qualquer concessão. A campanha da Palestina ainda, segundo o dirigente, é fruto especialmente da inação, ou da política desmobilizadora do Partido dos Trabalhadores.

Já quanto ao Brasil, o presidente do PCO denuncia a campanha identitária de ataque ao Brasil no marco do aniversário da Independência, ocorrido no dia 22 de abril.

Por fim, Rui Pimenta mostrou materiais impressos pelos Comitês de Luta, cartazes pela ruptura de relações do Brasil com “Israel” e de denúncia de Benjamin Netanyahu, comandante do genocídio na Faixa de Gaza. Rui ainda convidou todos os espectadores para os atos no dia 1 de maio, e no dia 10 de maio. O dia Internacional de Luta dos Trabalhadores terá a manifestação partindo da Praça Oswaldo Cruz, em São Paulo, pela manhã. O dia 10 será o marco do Dia da Vitória, da Rússia, do povo soviético e dos trabalhadores do mundo contra o nazismo, e que abriu um período revolucionário em vários países.

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