Mundo árabe

Ditadura jordaniana decide banir Irmandade Muçulmana

Aparato de repressão do país declarou que vai 'fechar todos os escritórios ou sedes usados ​​pelo grupo, mesmo que sejam em parceria com outras partes'

Na última quarta-feira (23), a Jordânia – país árabe governado por uma monarquia reacionária lacaia do imperialismo e do sionismo – decidiu banir a Irmandade Muçulmana, organização que possui quase um século de existência, sendo uma das origens do Hamas.

Em declaração, o ministro do Interior da monarquia anunciou a decisão de banir “o grupo Irmandade Muçulmana e considerando-o ilegal devido às atividades de alguns de seus membros que visam desestabilizar a segurança e a estabilidade, incluindo a fabricação de explosivos e foguetes na Jordânia”.

A decisão é tomada dias após 16 pessoas terem sido presas, sob acusações de fabricação de explosivos, foguetes e VANTs (drones) e treinamento para usá-los. Segundo o aparato de repressão, tais pessoas seriam ligadas à Irmandade Muçulmana. O grupo negou as acusações.

O ministro do Interior da Jordânia afirmou que, em razão do banimento que “todos os escritórios ou sedes usados ​​pelo grupo na Jordânia serão fechados, mesmo que tais locais sejam criados sob o disfarce de outras entidades… Medidas necessárias serão tomadas contra qualquer indivíduo ou entidade comprovadamente envolvida em atos criminosos relacionados aos casos atualmente em andamento no tribunal ou ao grupo dissolvido”.

Conforme o portal de notícias The Cradle, a Irmandade Muçulmana opera legalmente na Jordânia há décadas e conta com apoio popular em muitas de suas principais cidades, tendo participado dos protestos contra “Israel”, em favor da Palestina, que ocorreram desde outubro de 2023. Sendo o Estado jordaniano lacaio do imperialismo e do sionismo, a perseguição à Irmandade Muçulmana faz parte da ofensiva geral do imperialismo contra a Resistência Palestina e o Eixo da Resistência.

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