O governador bolsonarista Ibaneis Rocha (MDB) esta no centro de uma crise de saúde pública no Distrito Federal. Segundo dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), 2024 registrou um aumento assombroso de 525,6% nos casos de dengue em relação a 2023. O total de infecções saltou de 44.483 para 278.301, e as mortes se multiplicaram por 20, passando de 24 para 440.
Apesar de alertas contínuos sobre os riscos de epidemias no DF, o governo fracassou em medidas básicas de prevenção, como limpeza de áreas urbanas, campanhas de conscientização e combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti. Enquanto isso, as cidades mais vulneráveis, como Ceilândia, Samambaia e Santa Maria, concentraram os maiores números de casos.
A letalidade foi ainda mais devastadora para idosos e mulheres. Entre as 440 mortes, 52,7% eram mulheres, e 26,6% das vítimas tinham 80 anos ou mais. A faixa etária de 20 a 29 anos liderou as infecções, com uma taxa alarmante de 9.971,9 casos por 100 mil habitantes, evidenciando que a epidemia atingiu todas as faixas etárias e regiões. Brazlândia, Varjão e Santa Maria apresentaram os maiores índices de incidência, superando 12 mil notificações por 100 mil habitantes.
O salto nos casos de dengue não é resultado de condições climáticas ou sazonalidade, como afirma a imprensa burguesa. É resultado da política da direita de destruição do sistema de saúde público para que o orçamento seja destinado aos banqueiros. O que mostra isso é que as zonas com maior taxa de dengue são justamente as cidades satélites, ou seja, as zonas operárias do DF onde o serviço é o pior possível.