A ofensiva da burguesia contra a classe trabalhadora ganha mais um capítulo com o filme “Rio de Sangue”, produção da Disney estrelada por Giovanna Antonelli e Alice Wegmann. O longa, dirigido por Gustavo Bonafé, se passa no interior do Pará e apresenta uma história dedicada a reforçar a criminalização dos garimpeiros, um dos setores mais esmagados do proletariado brasileiro.
No enredo, a personagem de Antonelli, uma policial afastada, parte para o resgate da filha, raptada por garimpeiros no Alto Tapajós. O filme, sob o pretexto de um suspense de ação, reforça a demonização dos trabalhadores do garimpo, retratando-os como criminosos e sequestradores. Enquanto banqueiros e monopólios pirateiam as riquezas nacionais livremente, o garimpeiro é tratado como inimigo público número um.
A escolha da Disney de financiar esse tipo de produção não é uma coincidência. A empresa, conhecida por seu alinhamento com os interesses do imperialismo, se coloca ao lado dos grandes capitalistas que querem monopolizar as riquezas da Amazônia. Os garimpeiros, ao contrário da imagem pintada no filme, são trabalhadores que exercem uma atividade econômica criminalizada, porém, normal.
O lançamento de obras como “Rio de Sangue” reforça a necessidade de uma resposta organizada dos trabalhadores contra a criminalização imposta pela burguesia. É preciso defender os direitos dos garimpeiros, exigir alternativas econômicas reais e combater essa ofensiva ideológica que busca condenar os trabalhadores à miséria em nome dos interesses do grande capital. O que se vê em “Rio de Sangue” não é um drama, é uma propaganda contra um setor da classe operária.