Guerra em Gaza

Discussões de cessar-fogo em Gaza avançam no Catar

Fontes do Hamas informam que acordo depende que “Israel” não tente impor condições de última hora

Nesta segunda-feira (13), vários órgãos de imprensa noticiaram que um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza estaria prestes a ser firmado. No dia 11 de janeiro, um porta-voz do Hamas informou que o partido havia finalizado uma proposta, enviado aos mediadores, que enviaram às “Israel”. A aprovação do acordo estaria dependente da assinatura de representante do governo de “Israel”, o que seria feito em Doha, capital do Catar, um dos países mediadores.  Conforme noticiado pelo órgão The Cradle, reproduzindo informações do Al-Araby al-Jadeed, fornecidas por porta-voz do Hamas, as negociações estariam em seus estágios finais.

O acordo poderá ser aprovado em breve, caso “Israel” não imponha novas condições, segundo declaração de uma fonte do Hamas, à Al-Sharq TV.

Noticiando sobre o possível acordo, o órgão israelense de imprensa KAN informou que ele seria dividido em duas etapas. Na primeira, o Hamas libertaria 33 prisioneiros israelenses, sendo que a libertação dos primeiros começaria no primeiro dia do possível cessar-fogo, e terminaria 42 dias depois. Os libertados seriam soldados, mulheres, homens com mais de 50 anos, doentes e feridos.

Em troca, “Israel” libertaria cerca de 1.300 palestinos que foram sequestrados pelas forças de ocupação e se encontram em prisões israelenses. Dentre estes, estariam inclusos palestinos condenados à prisão perpétua pelo regime nazissionista. O número exato dependeria de lista de prisioneiros a ser fornecida pelo Hamas, pois há aqueles que “Israel” se recusa a libertar.

Além da libertação de prisioneiros, na primeira fase “Israel” teria que se retirar do Corredor Filadélfia, faixa localizada na fronteira de Gaza com o Egito. Ainda durante esta fase, as negociações para a segunda-fase e um cessar-fogo permanente continuariam ocorrendo.

Na segunda-fase, os demais prisioneiros israelenses seriam libertados, e os corpos de prisioneiros mortos entregues a “Israel”. A entidade sionista, por sua vez, libertaria em massa um número não especificado de prisioneiros palestinos, equanto que as forças israelense de ocupação continuariam se retirado de Gaza. Conforme o KAN, um jornal israelense, há, entre as famílias dos prisioneiros israelense, “preocupação com o colapso do acordo na primeira fase […] já que os detalhes sobre a transição para a segunda fase do acordo ainda não foram esclarecidos.

Dado o histórico das tentativas anteriores de cessar-fogo, sempre sabotadas por “Israel” ao exigir condições absurdas, como a manutenção de tropas de ocupação em Gaza, é possível que a entidade sionista novamente sabote o acordo, embora se deva aguardar o desfecho.

Enquanto isto, as forças de ocupação intensificaram suas ações genocidas contra a Faixa de Gaza, especialmente contra a região norte do enclave, a qual vem sendo alvo de uma ofensiva há 100 dias. Conforme noticiado pela emissora Al Jazeera, apenas nesta segunda-feira (13) pelos menos 45 palestinos foram assassinados por ataques israelens.

Por outro lado, combatentes da Resistência Palestina, liderada pelo Hamas seu exército, as Brigadas Al-Qassam, intensificaram sua heroica luta de resistência, realizando operações militares que resultaram na eliminação de vários sionista, deixando outros gravemente feridos. Na manhã da segunda-feira (13), pelo menos cinco sionistas foram eliminados quando a resistência explodiu um imóvel em que os ocupantes estavam abrigados. Além disto, as Brigadas Al-Qassam informaram a realização de uma operação militar complexa contra unidades das forças de ocupação em Rafá, sul de Gaza. Os combatentes do Hamas teriam invadido um prédio fortificado e eliminado e ferindo todos os 25 soldados de infantaria das forças de ocupação.

Conforme noticiado pelo KAN, em informação não confirmada, fornecida por fonte não citada, o exército israelense já estaria se preparando para a implementação do acordo. Embora o acordo ainda não seja certo, a resiliência da Resistência aprofunda a crise das forças de ocupação e de “Israel”.

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