Palestina

Dilúvio da Liberdade: mais 369 palestinos são libertados

Cada prisioneiro libertado é uma prova de que se aproxima o momento em que a humanidade poderá celebrar o fim de "Israel" e da odiada ditadura sionista

No último sábado (15), a Resistência Palestina obteve mais uma vitória no longo e sangrento embate contra a ocupação sionista, com a libertação de 369 prisioneiros palestinos das masmorras israelenses. Essa foi a sexta troca de prisioneiros desde o início do cessar-fogo e o início do chamado Dilúvio da Liberdade, expressões de uma vitória histórica do Hamas contra o Estado nazista de “Israel”. Até o momento, 1.900 palestinos já conquistaram a liberdade.

Dos 369 revolucionários libertados das prisões da ditadura sionista, 333 reféns foram presos a partir de 7 de outubro de 2023 e outros 36 cumpriam sentenças de prisão perpétua. Para cada prisioneiro israelense libertado, 111 palestinos detidos em Gaza e 12 cumprindo sentenças de prisão perpétua foram libertados. Entre os revolucionários libertados no sábado estão:

  • Ahmed Barghouti, primo e assistente próximo do prisioneiro Marwan Barghouti; condenado a 13 penas de prisão perpétua.
  • Mansour Shreim, membro do movimento Fatá, responsável por uma série de operações que resultaram na eliminação de muitos israelenses durante a Segunda Intifada; condenado a 14 penas de prisão perpétua e 50 anos adicionais de prisão.
  • Mohammad Nayfeh Abu Rabia, líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa durante a Segunda Intifada, de Tulcarém; condenado à prisão perpétua.
  • Waddah al-Bazra, líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa em Nablus durante a Segunda Intifada; condenado à prisão perpétua.
  • Ahmad Abu Khader, oficial das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa; condenado a 11 penas de prisão perpétua e 50 anos de prisão.

Da cidade de Jerusalém ocupada, um dos libertados, Nael Obeid, pôde finalmente reunir-se com sua mãe após mais de 20 anos de prisão. A imagem do Obeid com sua progenitora foi divulgada no perfil do sítio The Cradle no X do órgão:

Ao retornar à sua casa em Issawiya, Jerusalém, Obeid foi recebido com forte repressão militar israelense, cujo objetivo era intimidar sua família e impedir celebrações. Tropas de ocupação invadiram sua residência e ordenaram a remoção de parentes que não são considerados “membros de primeiro grau da família” pelo regime sionista, em uma cena que foi gravada e divulgada nas redes sociais:

Outro prisioneiro, Adel Tayseer Sobeih, expressou sua emoção ao ser libertado. “Não consigo acreditar que estou em Gaza. Não posso acreditar que ainda existam pessoas em Gaza. Eles nos disseram que Gaza havia acabado. Viva a Palestina! Viva a Palestina! Os prisioneiros foram torturados com todos os tipos de tortura”. Sobeih foi vítima da brutalidade sionista e teve uma perna amputada devido à negligência médica nas prisões do regime israelense e gravou seu depoimento no vídeo abaixo:

Mais velho entre os revolucionários libertados, Musa Nawawra, de 71 anos, é originário de Belém e estava preso desde 2007, cumprindo duas sentenças de prisão perpétua mais 21 anos. Pai de 13 filhos, cinco deles também sequestrados pelo regime sionista, Nawawra tem um longo histórico de militância na Resistência. Durante dois meses, foi submetido a intensos interrogatórios e torturas nas prisões israelenses. Veja o vídeo de sua recepção:

Além da libertação dos prisioneiros palestinos, o jornal Al-Akhbar informou que o exército israelense comunicou ao comitê que supervisiona o cessar-fogo sua decisão de manter presença em cinco locais na fronteira sul do Líbano, mesmo após a retirada das cidades libanesas ocupadas. Os locais são: Labbouneh, nos arredores de Naqoura; Jal al-Deir, nos arredores de Aitaroun; Tallet al-Hamams, em frente ao assentamento de Matla; Jabal Blat, entre Marouhin e Ramieh; e os arredores entre Markaba e Wadi Hunin.

Em resposta à troca de prisioneiros, o Hamas emitiu um comunicado reafirmando o compromisso da Resistência com a libertação de todos os palestinos presos:

“Parabenizamos nossos prisioneiros libertados e suas famílias, e nosso grande povo palestino, por essa grande conquista nacional no caminho da libertação e do retorno.

Esses momentos, nos quais testemunhamos nossos heroicos prisioneiros abraçando a liberdade, são um novo passo em nossa longa jornada rumo a Jerusalém.

A questão da libertação dos prisioneiros permanecerá no topo das prioridades de nosso povo e de nossa heroica resistência, e a vitória não estará completa a menos que todos eles sejam libertados.

A libertação de três prisioneiros inimigos pela resistência coloca o inimigo diante da responsabilidade de aderir ao acordo e ao protocolo humanitário e de iniciar a segunda fase das negociações sem procrastinação.

Afirmamos que a unidade e a resistência de nosso povo são suficientes para frustrar todos os planos de deslocamento, assim como frustrarão todos os projetos de ocupação anteriores.

Condenamos o crime da ocupação de colocar dizeres racistas nas costas de nossos heroicos prisioneiros e tratá-los com crueldade e violência, em uma violação flagrante das leis e normas humanitárias, em contraste com o compromisso inabalável da resistência com os valores morais no tratamento dos prisioneiros do inimigo.”

A denúncia contida no parágrafo final se deve ao fato de o Serviço Prisional de “Israel” ter vestido os prisioneiros palestinos com suéteres contendo o símbolo da Estrela de Davi e a frase “nós não esquecemos e não perdoamos”. Diversos vídeos foram publicados nas redes sociais, com os palestinos queimando a vestimenta infame, como abaixo:

Enquanto isso, a Resistência Palestina continua firme no combate à ocupação. Um combatente das Brigadas al-Qassam enviou uma mensagem clara ao inimigo sionista, enquanto empunhava armas e utilizava uniformes capturados das forças israelenses assassinadas em Gaza:

“Dizemos ao inimigo sionista: a melodia do seu rifle nos lembra que somos soldados de Alá, temidos por todos. Não nos subestimem. Somos como a morte, você não nos conhece até nos ver. Somos o Dilúvio de Al-Aqsa, somos o dia seguinte.”

Essa libertação faz parte da operação que teve início no levante histórico de 7 de outubro de 2023, quando a Resistência desmontou as defesas sionistas e avançou sobre territórios antes considerados impenetráveis. O cessar-fogo expôs a fraqueza do regime israelense e sua incapacidade de derrotar a luta do povo palestino. Liderada pelo Hamas, a Resistência tem garantido a libertação de milhares de palestinos sequestrados ao longo dos anos pelo regime criminoso de apartheid da ditadura sionista.

A sexta troca de prisioneiros comprova que a Resistência Palestina segue forte, determinada e mais capaz de vencer os invasores da Palestina do que jamais esteve. Cada prisioneiro libertado é uma prova de que se aproxima o momento em que a humanidade poderá celebrar o fim de “Israel” e da odiada ditadura sionista.

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