A prefeitura de Diadema adquiriu, sem licitação, um drone de R$ 365 mil capaz de lançar 24 bombas de gás lacrimogêneo para reprimir bailes funk, os chamados “pancadões”. Parte do programa “Diadema Segura”, a medida é criticada pela vereadora Patrícia Ferreira (PT), que alerta: “pode causar tumultos como em Paraisópolis, onde nove jovens morreram em 2019”.
O governo municipal de Taka Yamauchi (MDB) defende o drone como ferramenta não letal, afirmando que zerou os pancadões. A oposição denuncia a repressão ao lazer popular e a falta de diálogo com a juventude pobre.
A compra direta foi justificada pela exclusividade da tecnologia do equipamento. Além do drone, a prefeitura intensificou a segurança com câmeras de reconhecimento facial e o Centro Integrado de Segurança Pública.
A política de “tolerância zero” não faz mais do que agravar conflitos sociais, especialmente nos bairros operários onde faltam espaços de lazer. A abordagem repressiva tem gerado protestos de moradores e comerciantes locais.




