Dezenas de delegações participantes da reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, se retiraram antes do discurso do primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu, condenado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Segundo a agência britânica Reuters, presidentes e representantes deixaram o salão no exato momento em que ele subiu ao pódio, refletindo sua desaprovação diplomática à sua participação.
Após o discurso de Netaniahu, as delegações retornaram ao salão para retomar a reunião conforme o planejado.
Ao mesmo tempo, ativistas e multidões se reuniram do lado de fora da sede da ONU em Nova Iorque para protestar contra o genocídio israelense em Gaza.
Isso acontece no momento em que dezenas de nações diminuem seu apoio a “Israel” e ao governo de Netaniahu devido às suas políticas, que devastaram a Faixa de Gaza, além de seus ataques ao Líbano, Iêmen, Irã e Catar.
O discurso de Netaniahu focou na condenação a países que reconheceram um Estado Palestino, acusando-os de recompensar assassinos ao apoiar um Estado no que ele considera o coração de “Israel”, e ele declarou firmemente que isso não será permitido.
Ele também instruiu o exército a instalar alto-falantes em frente às casas palestinas na Faixa de Gaza para forçar os moradores a ouvir o discurso, de acordo com um relatório do jornal Yedioth Ahronoth.
O Haaretz esclareceu que o Comando Sul já havia elaborado instruções para transmitir o discurso por meio de sistemas de alto-falantes que seriam colocados em caminhões e perto da barreira de separação, com uma fonte militar israelense descrevendo o objetivo da medida como uma guerra psicológica.
O Yedioth Ahronoth indicou que o exército compreende os riscos que podem resultar dessa diretiva, mas se recusou a emitir uma resposta oficial, enquanto oficiais de alta patente na instituição militar criticaram a decisão e a descreveram como uma “ideia maluca”, questionando sua utilidade militar.





