Com os acordos de cessar-fogo assinados em janeiro – embora o sionismo realize esforços (inúteis) para não reconhecer e admitir a estrondosa derrota que lhe foi infligida pelas forças da Resistência Palestina, tendo a frente o Movimento Islâmico Hamas – não há como ocultar que o Estado israelense foi fragorosamente derrotado, mesmo tendo empregado toda a maior força tecnológico-militar fornecida pelo imperialismo mundial, mas sobretudo o norte-americano, o principal patrocinador político e financiador econômico do projeto de tentativa de extermínio da população desarmada e indefesa de Gaza.
A crítica e desesperadora situação de ”Israel” no que diz respeito aos efeitos pós cessar-fogo, com a economia do país destroçada, crise social aguda e iminente queda do gabinete liderado pelo carniceiro primeiro-ministro Netaniahu, impõe a necessidade do enclave militar continuar a ser socorrido pelos Estados Unidos, sobretudo no fornecimento de armas e outros equipamentos militares.
O chefe de governo israelense, Benjamin Netaniahu, visitou os Estados Unidos no início de fevereiro, sendo o primeiro chefe de Estado a ser recebido pelo recém-empossado presidente norte-americano, Donald Trump. No mesmo momento da chegada de Netaniahu, o congresso dos EUA discutia um processo de revisão informal que ainda estava em andamento em um comitê da Câmara sobre a suspensão da transferência de armas para o Estado sionista.
A decisão da Casa Branca sobre a continuidade do envio de armamento para “Israel” ocorreu apenas dois dias depois que o presidente Trump se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu.
A decisão de Trump em continuar abastecendo os israelenses envolve valores superiores a US$8 bilhões. O novo presidente norte-americano tomou a decisão à revelia do Congresso. No entanto, ainda que fosse necessária uma autorização, Trump não enfrentaria maiores obstáculos, considerando que os Republicanos controlam, com maioria parlamentar, as duas casas congressuais.
A visita de Netaniahu aos EUA, neste sentido, cumpre o papel de fazer com que os EUA continue a ser o fiel da balança no que diz respeito à sustentação político-econômico-militar de “Israel”. As condições para a continuidade desse apoio podem não ser, sob o governo Trump, as mesmas que se deram sob a administração de Joe Biden; todavia, o imperialismo, de conjuntgo, não pode prescindir da existência do Estado sionista, pois isso abalaria, ou mesmo comprometeria em definitivo o controle de toda a região pelas forças imperialistas, já profundamente fragilizada pela reação dos povos oprimidos (Palestina, Líbano, Irã, etc).
A espetacular vitória das forças da Resistência fez despedaçar ainda mais as bases de sustentação do Estado criminoso de “Israel”. O Exército sionista alardeou vitória contra o Hamas, proclamando que o movimento seria aniquilado e que Gaza jamais voltaria a ser administrada pelas forças da Resistência islâmica. O Hamas, no entanto, não só não foi neutralizado, como rapidamente recompôs suas forças, com a adesão de novos combatentes às suas fileiras, como continua sendo a principal força política de Gaza, mantendo sua autoridade política junto à população