Na última domingo (13), um ataque aéreo de “Israel” deixou o Hospital Al-Ahli, último em funcionamento no norte de Gaza, inoperante, forçando pacientes graves a buscar abrigo nas ruas. A ofensiva, parte de uma série de ataques contra o sistema de saúde palestino desde outubro de 2023, foi justificada pelo exército sionista, que, junto à agência do serviço secreto Shin Bet, alegou, sem provas, ter atingido um “complexo de comando e controle” do Hamas no hospital. A Defesa Civil de Gaza confirmou que a força aérea da ditadura sionista bombardeou o prédio.
Desde o início do conflito, pelo menos 36 hospitais em Gaza foram alvos de bombardeios, segundo a rede catarense Al Jazeera. Em 17 de outubro de 2023, centenas de pessoas abrigadas no estacionamento do Hospital Al-Ahli morreram em um ataque, após advertências do exército sionista ao diretor do hospital de que o atacariam.
A ditadura sionista atribuiu o incidente a um foguete do partido membro da Resistência Palestina Jiade Islâmica, que negou a autoria, o que comprovado posteriormente. Em 3 de novembro, um comboio de ambulâncias foi destruído fora do Hospital Al-Shifa, matando vários palestinos. No dia 21 do mesmo mês, um bombardeio no Hospital Al-Awda matou os médicos Mahmoud Abu Nujaila, Ahmad al-Sahar, da ONG Médicos Sem Fronteiras, e Ziad al-Tatari.
Em 22 de janeiro de 2024, pessoas abrigadas perto do Hospital Nasser, em Khan Younis, foram mortas durante combates e ordens de evacuação. Semanas depois, em 20 de março, uma operação no Hospital Al-Shifa resultou em 90 mortes, segundo o exército sionista, com denúncias de detenções e abusos contra civis.
O Hamas classificou o ataque como “massacre sangrento”. Em 31 de março, um novo bombardeio no pátio do Hospital Al-Aqsa matou e feriu deslocados. Entre 1º e 14 de abril, outra operação em Al-Shifa deixou centenas de mortos, incluindo médicos.
No dia 14 de outubro, mais um ataque ao Hospital Al-Aqsa, em Deir el-Balah, matou cinco pessoas e feriu 65, incendiando tendas de deslocados. Em 28 de dezembro, o diretor do Hospital Kamal Adwan Hussam Abu Safia, foi preso após um ataque que matou cerca de 20 palestinos e sequestrou 240.
O Hospital Indonésia, em Beit Lahiya, ficou inoperante em 4 de janeiro de 2025, após ataques repetidos. Em 23 de março, 15 paramédicos da Sociedade do Crescente Vermelho foram mortos em Rafá, com um vídeo confirmando a ação de forças sionistas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, desde outubro de 2023, mais de mil profissionais de saúde morreram em Gaza, e 80% das instalações médicas foram destruídas ou danificadas. A ONU classifica esses ataques como violações da Convenção de Genebra de 1949, que proíbe atingir instalações de saúde.