O deputado do Hesbolá Ihab Hamadeh afirmou que as armas da resistência no Líbano “não serão retiradas nem congeladas” e que o tema será tratado no marco de uma estratégia defensiva. A declaração foi dada em entrevista à emissora Al Mayadeen.
Hamadeh afirmou que um encontro foi solicitado não para apresentar “iniciativa” ou “proposta egípcia”, mas como conversa para esclarecimentos, e disse que as posições do Hesbolá estariam expostas nas falas de sua direção, citando o secretário-geral xeque Naim Qassem. Ele afirmou que qualquer iniciativa formal deve ocorrer por meio do Estado libanês, representando todos os componentes políticos, e acrescentou que os canais de comunicação com o Hesbolá permanecem abertos.
Segundo o parlamentar, o Hesbolá acolhe iniciativas de países árabes desde que respeitem a soberania nacional e direitos estabelecidos, e desde que sejam “sérias e críveis”. Sobre uma possível visita ao Cairo, disse acreditar que houve convite semelhante ao feito à resistência palestina.
Ao comentar o cessar-fogo, Hamadeh afirmou que o acordo não teria sido obtido por via diplomática, mas pelo equilíbrio de forças imposto no confronto que chamou de batalha “Povo da Força”. Ele declarou que, se “Israel” considerasse fácil invadir o Líbano e chegar a Beirute, teria tentado fazê-lo.
Hamadeh acusou os Estados Unidos de descumprirem compromissos e disse que o país permanece exposto a ameaças. Também criticou atores internos que, segundo ele, passaram da oposição à hostilidade ao Hesbolá. Por fim, atacou declarações do chanceler Youssef Rajji e disse que cabe ao Estado interromper esse tipo de posicionamento, afirmando que o ministro não representaria o Líbano “nem metade” de seus cidadãos.
