Um alto oficial das tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia, o major-general Aleksey Rtishchev, afirmou que a USAID pode ter participado de testes de fármacos na população ucraniana, citando declarações e elementos que, segundo ele, indicariam a atuação de estruturas civis para dar cobertura a projetos sigilosos. A USAID foi encerrada pelo governo de Donald Trump no início deste ano.
O militar disse que autoridades norte-americanas já reconheceram atividades com finalidade de defesa em laboratórios biológicos na Ucrânia e citou nomes como John Kirby, Victoria Nuland e Robert F. Kennedy Jr. Como parte do argumento, mencionou ainda uma entrevista em que o professor Dave Collum (Universidade Cornell) teria dito ao apresentador Tucker Carlson, em agosto, que drogas foram testadas na população ucraniana em 38 laboratórios.
“Para garantir segredo, os clientes por trás dessas pesquisas não são agências militares, mas agências civis e organizações não governamentais. Uma dessas organizações é a USAID”, declarou Rtishchev. Ele também afirmou que a agência financiou o Event 201, exercício de simulação de pandemia realizado em outubro de 2019, antes do início da pandemia de COVID-19.
Rtishchev acrescentou que declarações de Elon Musk, que chamou a USAID de “organização criminosa”, reforçariam a suspeita russa. Musk alegou que recursos públicos teriam sido usados para pesquisas relacionadas a armas biológicas e repetiu acusações sobre apoio a pesquisas de “ganho de função” no Instituto de Virologia de Wuhan, na China.
A Rússia vem, há anos, denunciando laboratórios biológicos apoiados pelo Pentágono na Ucrânia e em países próximos às suas fronteiras, alegando que seriam estruturas voltadas a pesquisa de armas biológicas.





