A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado, é apoiada por 50% dos brasileiros, enquanto 43% se opõem à medida. É o que revela uma pesquisa publicada pelo Datafolha, publicada em 13 de setembro de 2025. Conforme revelado em seus editoriais, o jornal Folha de S.Paulo, que pertence aos mesmos donos do Datafolha, foi favorável à condenação.
A condenação de Bolsonaro, decidida pela Primeira Turma do STF em um julgamento que se estendeu por uma semana, gerou uma nova pesquisa do instituto. O Datafolha ouviu 2.005 eleitores em 113 cidades do país, entre os dias 8 e 9 de setembro, em meio ao julgamento. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Desde a primeira pesquisa sobre o tema em abril, a percepção popular se manteve relativamente estável. Naquela ocasião, 52% eram a favor da prisão e 42% contra. Em julho, os números se aproximaram, com 48% a favor e 46% contra, configurando um empate técnico. A pesquisa mais recente, no entanto, mostra um restabelecimento da distância entre as duas opiniões.
Uma reportagem da Folha de S.Paulo detalha os segmentos da população que mais apoiam a prisão de Bolsonaro. Os nordestinos lideram o entusiasmo pela detenção, com um índice de aprovação de 62%. Pessoas jovens, com idades entre 16 e 24 anos, e os católicos também apresentaram aprovação acima da média nacional, ambos com 56%.
O que mais mudou no período, segundo o Datafolha, foi a crença na execução da pena. Em abril, 52% dos entrevistados acreditavam que Bolsonaro escaparia da prisão, contra 41% que pensavam o contrário. Em julho, essa crença se manteve estável (51% a 40%).
O início do julgamento no STF, porém, inverteu o cenário. Pouco antes da condenação, 50% dos entrevistados acreditavam que o ex-presidente iria para a cadeia, enquanto 40% pensavam o contrário.
A reportagem esclarece que a prisão de Bolsonaro, que inicialmente cumprirá pena em regime fechado, será executada apenas após a fase de recursos. Apesar disso, o consenso no mundo jurídico e político é que os recursos não serão suficientes para livrar o ex-presidente da cadeia.





