O comandante das forças curdas que controlam o nordeste da Síria pediu a Donald Trump que mantenha a presença militar dos EUA na região, afirmando que uma retirada poderia levar ao “ressurgimento do Estado Islâmico”.
Mazloum Abdi, comandante-em-chefe das Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos EUA, afirmou que o EI havia ganhado força no deserto, adquirindo armas do exército do governo derrubado de Assad, enquanto as forças curdas enfrentavam crescentes ataques da Turquia.
“O fator chave para a estabilização dessa área é a presença dos EUA no terreno“, disse Abdi ao The Guardian, alertando que a retirada dos 2.000 soldados dos EUA levaria ao ressurgimento de diversas organizações, como o EI.
Abdi também afirmou que membros do EI estavam planejando ataques contra centros de detenção onde seus prisioneiros estavam para aumentar seu efetivo de tropas.
Por fim destacou que a estabilidade e segurança futuras dessa região estratégica dependiam da continuidade da presença das forças dos EUA, alertando que sua retirada poderia desencadear “outra situação caótica“, potencialmente escalando para uma guerra civil com diversos atores ameaçando os curdos.
Os norte-americanos ocupavam ilegalmente a Síria durante o governo de Assad como forma de desestabilização do país. Agora que Assad foi derrubado a situação dos curdos é incerta. A Turquia agora se organiza para acabar com as FDS, o que pode se tornar uma guerra.