Nos primeiros dias de 2025, Justin Trudeau, que renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Canadá em meio a uma profunda crise econômica e social. A inflação elevou os custos de moradia e alimentação, enquanto o PIB real per capita caiu pelo sexto trimestre consecutivo. O desemprego, especialmente entre jovens, disparou, agravado por sucessivos aumentos na taxa de juros em 2024.
A crise econômica, impulsionada por políticas imperialistas, levou à renúncia da vice-primeira-ministra Chrystia Freeland e culminou na queda do governo de Trudeau. As medidas restritivas durante a pandemia, como lockdowns e vacinação obrigatória, e sua repressão aos protestos dos “Comboios da Liberdade” também contribuíram para o desgaste de sua popularidade.
A queda de Trudeau está na esteira de uma série de crises envolvendo países importantes para a ordem mundial. O Canadá é um dos principais sócios do condomínio imperialista, um dos países que integram o criminoso G7. Desta forma, a crise política no Canadá é, portanto, um reflexo da crise do conjunto do imperialismo.
A mesma crise acometeu o governo de Emmanuel Macron que, desde o início de seu governo, tem sido obrigado a governar de maneira cada vez mais ditatorial para tentar controlar suas crises. Macron chegou a dissolver o parlamento e a dar um golpe na escolha do primeiro-ministro, o que acabou fracassando. Nos Estados Unidos, a crise é tão grande que o candidato preferencial dos grandes monopólios, Kamala Harris, foi derrotada. Na Alemanha, o governo de Olaf Scholz entrou em colapso. No Reino Unido, Keir Starmer está na corda bamba, mesmo tendo poucos meses de mandato.
Essas crises revelam que, embora o imperialismo esteja em uma contraofensiva, orquestrando golpes de Estado e assassinatos, ele se encontra em um momento de enorme crise. Isto é, de enorme fragilidade, uma vez que sua política criminosa está sendo contestada em todo o mundo. A crise no Canadá revela que aquele que os povos que insistirem e e enfrentarem o imperialismo tenderão a ser vitoriosos.