Nessa semana, o embaixador de “Israel” junto à União Europeia, Haim Regev, pediu que o bloco deixe de focar na crítica às violações de direitos humanos por parte da entidade sionista e advertiu contra qualquer ação para punir o regime por sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.
A entidade sionista enfrenta crescente pressão internacional pelo conflito, levando países imperialistas a anunciar planos para reconhecer um Estado palestino e, em alguns casos, reduzir a cooperação militar ou comercial com “Israel”.
Em entrevista publicada pelo portal Politico nesta quarta-feira, Regev acusou alguns Estados-membros da União Europeia de terem uma “obsessão” com a questão dos direitos humanos e citou Irlanda, Espanha, Países Baixos e Eslovênia como os mais “injustos”. Ele também acusou França, Alemanha e Reino Unido de fazerem declarações que, segundo ele, favorecem o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e grupos “antissemitas”.
Cinicamente, Regev afirmou que “Israel” seria o “vizinho dos sonhos” para a União Europeia, por ser uma “democracia”, não ter problemas migratórios e “proteger os direitos dos homossexuais”. “Israel é o único ator na região que serve diretamente aos interesses da União Europeia”, afirmou.
O diplomata ainda advertiu que tentativas de pressionar “Israel” por causa de Gaza “nunca funcionarão” e apenas prejudicariam as relações, enfraquecendo a influência do bloco no Oriente Médio. Ele destacou que medidas como suspender a participação de “Israel” em programas de pesquisa da União Europeia ou cortar o comércio tornariam difícil imaginar o bloco “tendo qualquer papel” na região no futuro.
Regev também declarou que a Europa estaria “voltando aos velhos tempos” em que o “antissemitismo” era comum, acrescentando que “não é seguro” ser judeu no continente atualmente.





