O Crêmlin denunciou nesta terça-feira (25) a falta de reação internacional à morte de três jornalistas russos em um ataque ucraniano na República Popular de Lugansk, na segunda-feira (24). O porta-voz Dmitry Peskov chamou a omissão de “indesculpável” e acusou Quieve de terrorismo deliberado contra a imprensa. Os mortos foram Aleksandr Fedorchak, do jornal Izvestia, Andrey Panov, da Zvezda TV, e o motorista Aleksandr Sirekli, atingidos por mísseis HIMARS americanos em um veículo identificado como de imprensa.
“Chamamos a atenção do mundo para esses ataques e intimidações contra jornalistas na zona de conflito, mas a resposta é insuficiente”, disse Peskov. “O fogo foi guiado com precisão. Queriam matá-los. O regime de Quieve segue cometendo atrocidades contra jornalistas desarmados.” O Ministério das Relações Exteriores russo pediu ação de UNESCO, OSCE e ONU, enquanto Tatyana Moskalkova, ombudswoman de direitos humanos, busca condenação internacional.
Desde 2022, mais de 30 jornalistas russos morreram no conflito, segundo Vladimir Putin. Em janeiro, Alexander Martemianov, também do Izvestia, foi morto por um drone em Donetsk. Em 2023, a Rússia criticou a UNESCO por ignorar esses casos em seu relatório bienal sobre segurança de jornalistas.
