Brasil

Controle de explosão em plataforma mostra preparo da Petrobrás

Diferente do que dizem os ambientalistas, estatal está mais do que preparada para lidar com eventuais acidentes na Margem Equatorial

Na manhã desta segunda-feira (21), ocorreu uma explosão na plataforma de Cherne PCH-1, localizada na Bacia de Campos. O acidente, que afetou aproximadamente 13 tripulantes, foi rapidamente controlado, com apenas um ferido necessitando de atendimento médico externo.

O acidente

O caso envolveu uma forte explosão por volta das 7h25, seguida de incêndio a bordo da plataforma. As chamas foram rapidamente debeladas, sem fatalidades, tendo como maior ferido um prestador de serviço terceirizado, lançado ao mar.

A embarcação Locar XXII realizou o resgate, recolhendo o trabalhador das águas, que sofreu queimaduras. Foi informado que ele estava consciente, sendo encaminhado para atendimento médico na plataforma PNA-1, e encontra-se estável, internado em hospital em Macaé.

Não houve registro de danos ambientais, como vazamentos ou contaminação. A unidade, que conta com 176 trabalhadores, passou por evacuação parcial preventiva, com cerca de 40 pessoas não essenciais sendo retiradas para possibilitar vistoria e avaliação da integridade das instalações.

Nota da Petrobrás

Em resposta ao portal Petronotícias, a Petrobrás informou:

“A Petrobrás informa a ocorrência de incêndio, já debelado pelas equipes de emergência imediatamente acionadas, na manhã desta segunda-feira (21/04), na plataforma PCH-1 (Cherne 1), na Bacia de Campos, a cerca de 130 km da costa de Macaé, no Rio de Janeiro. A plataforma não produz petróleo desde 2020. Durante o incidente, um trabalhador que prestava serviço para a companhia se acidentou, caiu ao mar, mas foi resgatado, recebeu atendimento em embarcação de apoio e já está em processo de desembarque aeromédico. Ele sofreu queimaduras leves e está consciente. As pessoas que estão a bordo da PCH-1 estão bem, e as equipes não essenciais serão preventivamente desembarcadas para que a integridade das instalações seja avaliada. Uma comissão será formada para apurar as causas do incidente.”

Riscos do setor

Acidentes são inevitáveis, presentes em qualquer ramo industrial, o que demanda políticas específicas para evitá-los e mitigar suas consequências. Os setores petrolífero e naval desenvolvem atividades de risco, estando sujeitos a acidentes que inevitavelmente ocorrem em algum momento.

Esse episódio demonstrou que a Petrobrás detém a tecnologia e está preparada para lidar com esses acontecimentos. Com resposta rápida, foi possível evitar fatalidades e reduzir os danos ao pessoal, às instalações e até mesmo ao meio ambiente, conseguindo controlar a situação com eficácia, sem maiores consequências.

Não por coincidência, o trabalhador ferido era um prestador terceirizado. Esse setor da força de trabalho tem seus direitos reduzidos, inclusive no que diz respeito à segurança, sendo o mais afetado por acidentes e fatalidades nessas operações.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) afirma que:

“Tem denunciado sistematicamente, ao longo dos últimos anos, a falta de investimentos em manutenção e na integridade das plataformas da Bacia de Campos.

Os acidentes, que vêm se tornando recorrentes, são o resultado direto de anos de negligência de governos anteriores, que abandonaram as políticas de segurança e integridade das unidades offshore, provocando o sucateamento das instalações.”

Essa política neoliberal, voltada para maximizar os lucros dos acionistas, acarreta um aumento nos riscos da operação, que são contidos apenas pela infraestrutura estatal. A direção do Sindipetro-NF denuncia:

“Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo. O sucateamento da Bacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores. Não é por acaso que acidentes como este têm se tornado mais frequentes.”

O sindicato ainda considera que essa ocorrência:

“É mais um acidente grave em uma unidade offshore, num cenário que vem sendo denunciado há tempos. Há falta de investimentos, precarização das condições de trabalho e risco constante à vida dos trabalhadores.”

Margem Equatorial

Esse acidente demonstra a falsidade dos argumentos daqueles supostos ambientalistas contrários à exploração da Margem Equatorial (MEQ). A MEQ compreende uma área de aproximadamente 360 mil quilômetros quadrados, nos litorais dos estados do Amapá, Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte.

A Bacia de Campos estende-se por uma área de cerca de 100 mil km², do Espírito Santo a Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, margeando o litoral com distância variável entre 200 e 240 km. Já em operação, atesta a capacidade da Petrobrás para tratar possíveis acidentes.

No caso da região falsamente denominada Bacia da “Foz do Amazonas”, no Amapá, com área de aproximadamente 283 mil km², seus blocos exploratórios estão situados em águas ultraprofundas, em talude continental. Fica a 530 km da foz do Rio Amazonas — mais que o dobro da distância entre o ponto mais longo da Bacia de Campos e seu litoral — e a 175 km do litoral norte do Amapá.

As operações na área seriam de cunho exploratório, ainda em fase de estudos. Essa realidade na chamada Bacia da “Foz do Amazonas”, muito distante da foz propriamente dita, não permite considerar a ocorrência de danos ambientais consideráveis.

Fato é que não há motivo para se levantar essa preocupação na Margem Equatorial. Esse tipo de argumento é um pretexto utilizado pelo imperialismo para impedir o desenvolvimento nacional e guardar o petróleo da região para empresas estrangeiras.

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