Oriente Próximo

Conquistas que mostram a importância da revolução iraniana

A propaganda imperialista sobre o Irã pré-Revolução Islâmica de 1979 insiste em pintar o país como uma nação "em franco desenvolvimento". A realidade, porém, é muito diferente

A propaganda imperialista sobre o Irã pré-Revolução Islâmica de 1979 insiste em apresentar o país como uma nação “em franco desenvolvimento”, um paraíso de liberdades democráticas garantidas pelo xá Reza Pahlavi. Essa visão, amplamente difundida pelos monopólios de imprensa, é uma tentativa de mascarar o que o Irã realmente era: um Estado fantoche de potências estrangeiras, sustentado por uma máquina de repressão brutal e pela pilhagem sistemática de seus recursos. Enquanto imagens de mulheres sem véu em cafés de Teerã se esforçam para produzir uma ilusão de “progresso”, a SAVAK — a polícia política do xá — torturava e assassinava dissidentes em porões imundos, consolidando-se como uma das forças de opressão mais sanguinárias do século XX.

Sob a dinastia Pahlavi (1925-1979), o Irã vivia uma modernidade de fachada. Menos de 15% da população — os setores urbanos mais ricos — acessavam bens de consumo, enquanto 85% dos iranianos enfrentavam pobreza extrema, analfabetismo e falta de infraestrutura básica. A chamada Revolução Branca (1963), celebrada pelo imperialismo como “reforma progressista”, aprofundou a pressão sobre os trabalhadores do país asiático.

Até 1953, a economia iraniana era brutalmente espoliada, com 75% de sua receita petrolífera drenada por empresas britânicas. Após o golpe orquestrado pela CIA que derrubou o premier nacionalista Mohammad Mossadegh, os Estados Unidos assumiram o controle, garantindo ao Irã míseros 12% dos lucros do petróleo.

Essa dominação econômica foi complementada por uma repressão sistemática, com a SAVAK, treinada pela CIA e pelo Mossad, monitorando nada menos do que 20% da população e utilizando métodos bárbaros como choques elétricos, violência sexual e execuções extrajudiciais. Entre 1971 e 1979, milhares de opositores foram “desaparecidos”, um reflexo da política de Estado que visava sufocar qualquer tipo de resistência.

A suposta “liberalização” do xá era um teatro para consumo externo. Mulheres podiam usar minissaias em Teerã, mas eram proibidas de votar até 1963 — e mesmo após conquistarem o direito, seguiam excluídas da vida pública. Enquanto isso, o clero xiita e movimentos camponeses eram esmagados pela SAVAK, que incinerava livros religiosos e prendia estudantes por “antiamericanismo”.

A ironia era perversa: o mesmo imperialismo que elogiava a “abertura” cultural financiava a ditadura. Documentos revelam que os EUA injetaram US$5 milhões em 1953 para sustentar o golpe contra Mossadegh e US$2 bilhões anuais em ajuda militar ao xá até 1979.

A Revolução de 1979 não foi um “retrocesso religioso”, mas uma revolta contra décadas de pilhagem imperialista. Quando Khomeini prometeu “independência e justiça”, expressou as aspirações de uma nação cuja riqueza era exportada enquanto seu povo passava fome. A nacionalização do petróleo em 1951 — brevemente conquistada por Mossadegh — só se tornou realidade após a revolução, permitindo que o Irã controlasse 100% de seus recursos.

Durante um debate ocorrido no último dia 28, uma exposição tratou de alguns dos avanços conquistados pelo Irã após a Revolução Islâmica. Veja algumas:

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